sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Delegado denunciado pelo MP é demitido pela SSP/BA


Preso durante a 'Operação Gandu/Pojuca', deflagrada conjuntamente pelo Ministério Público estadual, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), e pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) em abril de 2011, o delegado Madson dos Santos Barros foi demitido pelo Estado hoje, dia 15. 

A demissão decorreu de procedimento administrativo instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil após a SSP e o MP darem início a investigações criminais que resultaram em duas denúncias apresentadas contra o delegado de Gandu e outros integrantes da quadrilha acusada de “executar” Marcos José dos Santos Barbosa.

As denúncias foram ajuizadas por promotores de Justiça do Gaeco e da Comarca de Gandu. Em uma delas, o MP acusou o delegado e mais sete comparsas de crime de homicídio. Segundo o documento, sob o pretexto de “diligenciar no sentido de localizar um fugitivo que estava na cidade”, ele ordenou o assassinato de Marcos Barbosa, um homem que teve a sua casa invadida em maio de 2009 e foi morto enquanto dormia. 

Por esse crime foram denunciados também os agentes de proteção especial da 2ª Vara da Infância e Juventude de Salvador, Edmilson Ramalho, Ângelo Salles, João Carlos Neto, José Sérgio de Jesus e Sérgio Ribeiro; o soldado PM Manoel Souza; e Jimi Jardim. 

Como ficou constatado que o delegado promoveu a falsificação de auto de resistência para alterar a verdade sobre o homicídio, “acobertando o crime”, ele foi denunciado ainda por crime de falsidade ideológica, além de formação de quadrilha, crime pelo qual também foram denunciados os sete comparsas, além de Milton de Jesus e Vanderley. 

INVETIGAÇÕES

No dia 13 de abril de 2011, o ex-delegado titular da cidade de Gandu, Madson Santos Barros, realizada nesta quinta-feira (14) pelo Comando de Operações Especiais (COE), encontrou diversas armas e munições em poder dos acusados.

Segundo a Polícia Civil, foram apreendidos nove pistolas, cinco de calibre 38 e quatro de calibre 40, uma espingarda de calibre 12, quatro algemas, dois coletes balísticos, dois uniformes e um distintivo da Polícia Civil, além de munições de diversos calibres.
Na época, Bernardino Brito Filho, delegado-geral adjunto, disse em entrevista coletiva que o objetivo da operação era desarticular um grupo formado por servidores públicos e por pessoas que se passavam por policiais.
“Temos o dever de garantir a cidadania, o respeito e a paz social e não admitiremos ações criminosas praticadas por quem quer que seja e, em especial, por autoridades públicas”, afirmou.
Além do delegado Madson Barros foram presos no Aeroporto Luís Eduardo Magalhães, o soldado da Polícia Militar Manoel Santos de Jesus, o ex-carcereiro Milton de Jesus e os agentes Emilson Ferreira Ramalho, Jimi Carlos Jardim, José Sérgio dos Santos de Jesus, João Batista Neto e Paulo César Góes Dias.

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