domingo, 31 de outubro de 2010

Lula não participará de festa de Dilma


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aparecerá publicamente neste domingo (31/10) ao lado de Dilma Rousseff (PT) depois de eleita sua sucessora. 

Segundo o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, ele tomou essa decisão porque o "o dia é dela". Carvalho Afirmou que Lula está aguardando a apuração nacional "tranquilo e sereno" e que acredita na eleição de Dilma. 

O presidente está acompanhando os resultados nos Estados no cinema do Palácio da Alvorada. Ele comemorou a eleição de Agnelo Queiroz (PT) ao governo do DF. Disse que a estratégia petista na capital federal "deu certo." 

Carvalho disse que Dilma acompanhará parte da apuração em casa e, depois, seguirá para um hotel para fazer pronunciamento. Em seguida, deverá passar na festa de Agnelo, na Esplanada dos Ministérios e, mais tarde, encontrará com o presidente Lula e governadores eleitos no Alvorada.

TSE registra 232 prisões em todo o país até as 16h29 (de Brasília) deste domingo


Balanço divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e atualizado às 16h29 mostra que 232 pessoas foram presas em flagrante por crimes eleitorais em todo o país durante o segundo turno das eleições realizado neste domingo (31/10). Boca de urna, com 93 prisões, foi o delito que mais motivou detenções. Transporte ilegal de eleitores levou 19 pessoas para a cadeia. Ao todo, a Justiça Eleitoral já registrou 390 ocorrências. 

Já em relação ao funcionamento das urnas eletrônicas, o TSE informou que 1.452 máquinas – equivalente a 0,363% -- apresentaram problemas e tiveram de ser substituídas. Apenas em duas seções, em Sergipe e em São Paulo, a votação ocorreu no modelo antigo, com cédulas de papel. São Paulo, com 199 máquinas, foi o estado que mais registrou problemas nas urnas. Rio de Janeiro ficou em segundo, com 197 urnas substituídas e Minas Gerais, com 161, ficou em terceiro. 

Mais cedo, em entrevista coletiva em Brasília, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, afirmou neste domingo (31) que o segundo turno das eleição, encerrado em oito estados e no Distrito Federal às 17h de Brasília, foi “tranquilo” e “ordeiro”, sem registros de ocorrências graves, como mortes e pessoas feridas em conflitos.

“Estamos tendo eleições muito tranquilas. Os eleitores, de forma pacífica, ordeira, compareceram às urnas e não tivemos incidentes a registrar em relações aos eleitores. Não tivemos registros de mortes ou feridos ou desavença mais séria”, disse Lewandowski.

Os primeiros resultados da votação para presidente da República serão divulgados a partir das 19h, devido à diferença de horário entre as regiões brasileiras.

“Esta é a primeira entrevista coletiva deste início do final do segundo turno, porque como todos nós sabemos em razão do fuso horário das eleições não se encerraram no país. Temos diferença de duas horas. Os primeiros dados só serão divulgados a partir das 19h até para não influir nas eleições dos demais estados que não terminaram o pleito”, justificou o presidente do TSE.

O presidente do TSE comentou ainda algumas ocorrências pontuais nas eleições deste domingo. Entre eles, o furto de R$ 13 mil do cartório eleitoral no município de Goiana (PE). Segundo Lewandowski, a verba era destinada à alimentação dos mesários. “Os servidores se cotizaram e conseguiram repor R$ 10 mil, o que mostra a solidariedade”, disse.

Segundo o ministro Ricardo Lewandowski, ao todo 150 municípios tiveram reforço da Força Federal para garantir a segurança da votação no segundo turno. Entre eles, o estado da Paraíba que teve o reforço liberado na última sexta-feira (30), depois de deflagrada um greve de policiais civis.

BAHIA

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informou que 35 pessoas foram presas por crime eleitoral na Bahia até as 14h30 deste domingo (31). Em todo o país, 77 pessoas foram presas.

Ao todo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou 149 ocorrências em todo o país, sendo 72 delas sem prisão.

Os números mostram que houve queda frete ao registrado no primeiro turno, quanto até esse mesmo horário, no dia 3 de outubro, haviam sido registradas 368 ocorrências com prisão.

Dilma é eleita primeira mulher presidente do Brasil


Após quatro meses de uma campanha em que temas morais e religiosos ofuscaram propostas concretas sobre temas importantes à nação, Dilma Rousseff é eleita a primeira presidente da história brasileira. A candidata petista derrotou o tucano José Serra em um segundo turno em que a abstenção superou os 20 milhões de eleitores.

Quatro segundos. Nenhuma palavra. Uma mesa distante da do chefe. Essa foi a participação de Dilma Rousseff na primeira propaganda eleitoral do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. Oito anos depois, ungida por seu mentor para sucedê-lo, a ex-ministra, na primeira disputa eleitoral de sua vida, transcendeu a fama de gestora sisuda para se tornar a primeira presidente da história brasileira.

Sem programa, um de seus desafios será provar que não é apenas uma sombra de Lula, dizem analistas. Além da confiança do presidente, o grande trunfo da petista foi a política de alianças adotada pelo PT e pelo próprio presidente para elegê-la. Graças ao apoio formal de PMDB, PCdoB, PDT, PRB, PR, PSB, PSC, PTC e PTN, a campanha de Dilma ganhou força com o início do horário eleitoral obrigatório. Com isso, a candidata ganhou personalidade.

Ficou por pouco o triunfo já no 1º turno, depois de uma onda de rumores e outra de denúncias envolvendo seus aliados. Para vencer na votação de 31 de outubro, a ex-ministra-chefe da Casa Civil teve de renovar seu pragmatismo assinando compromissos com religiosos, iniciar campanha negativa contra o rival José Serra (PSDB) e trocar a gagueira que a abatia nos idos de abril, na pré-campanha, por aquilo que chamou de “assertividade”, mas que foi considerado agressividade pelos adversários.

No caminho para ser hoje a presidente eleita do Brasil, Dilma sofreu para ganhar trânsito com políticos em geral e com eleitores mais animados em ver seu mentor do que a ela própria.
Precisou de dois Josés Eduardos para guiá-la: Dutra, presidente do PT, e Cardozo, secretário-geral do partido. Obediente e pragmática, atendeu prontamente aos conselhos do marqueteiro João Santana. Adotou novo visual.

A presidente eleita forjada na campanha é diferente da especialista em energia que, com seu temperamento forte, foi alçada ao primeiro time do governo após o escândalo do mensalão, em 2005.

Neste ano, tentou aliviar a imagem da mulher que passava descomposturas em colegas ministros. “Sou uma mulher dura cercada de homens meigos”, costuma dizer, em tom de ironia. Buscou evitar confrontos, mas às vezes partiu para o ataque, principalmente em momentos-chave do segundo turno.

Filiada ao PT há menos de uma década, a ex-pedetista Dilma conquistou seu primeiro cargo público pelo voto. No fim dos anos 80, ninguém pensava que a secretária de Finanças de Porto Alegre iria tão longe.

O mesmo se passou com quem a visse na mesma pasta do governo gaúcho, anos depois. Agora ela terá quatro anos para provar se é capaz de atuar como protagonista, e não como uma mera coadjuvante.

Sem programa

Dilma não precisou de uma Carta ao Povo Brasileiro –nos moldes da divulgada por Lula antes da campanha de 2002, indicando que não faria mudanças radicais na economia.

Mas, no segundo turno, comprometeu-se com questões religiosas. Após uma campanha contra ela em igrejas católicas e templos evangélicos, prometeu não enviar ao Congresso projetos que interfiram nesses assuntos. Assim, estancou a polêmica sobre sua posição a respeito da liberação do aborto.

“Em uma campanha com candidatos tão parecidos, essa carta foi um momento importante porque evitou maior acirramento e colocou as coisas no lugar”, disse ao UOL Eleições o cientista político Luciano Dias, do Ibep (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos).
“A Dilma neobeata foi mais um sinal de pragmatismo. É um sinal de que a governabilidade será tão ou mais importante do que foi para Lula, já que ela não tem o mesmo estofo”, afirma Dias.
A presidente eleita insistiu tanto na defesa de avanços recentes que nem sequer apresentou plano de governo. “Sabemos o que acontecerá na parte econômica? Não. Sabemos se haverá reformas? Não. O que sabemos é que Dilma terá a sombra de Lula do começo ao fim de seu governo”, afirma Cláudio Couto, da FGV (Fundação Getúlio Vargas). "O sinal dado por sua campanha é de que as coisas vão continuar mais ou menos como estão.”
 Ainda assim, com tantas dúvidas sobre o que virá, não houve solavancos no mercado financeiro. Está subentendido que serão mais quatro anos de autonomia não-formal do Banco Central, de câmbio flutuante, de investimento em infraestrutura e de medidas macroeconômicas em fatias, raramente em forma de pacotes. “A conversão do PT já está feita. Lula vai sair carregado nos braços, e o mercado já não liga”, afirma Dias.

A volúpia do PMDB e de aliados à esquerda, como PSB e PCdoB, mais poderosos depois das eleições 2010, também acende dúvidas sobre se a presidente eleita será capaz de acomodar tantos aliados de primeira hora em seu governo.

Adversários acusam e aliados reconhecem: Dilma não terá a mesma capacidade de articulação exercida por Lula. “E seria diferente se Serra vencesse?”, pergunta Couto.

Sem teflon

Na campanha, a presidente eleita mostrou que aprendeu mais uma lição de seu maior defensor: deixar pelo caminho aliados que se envolvam em práticas suspeitas.

Na reta final das eleições, Dilma sofreu ataques dos adversários por conta de sua ex-braço direito na Casa Civil, Erenice Guerra, demitida do ministério depois que seu filho se envolveu com lobistas. Lula fez o mesmo com José Dirceu e Antonio Palocci.

“Não vou aceitar que se julgue a minha pessoa com base no que aconteceu com um filho de uma ex-assessora”, disse Dilma. As pesquisas citaram o caso Erenice como principal fator para a disputa do segundo turno.

“A popularidade do Lula é resultado de décadas. A maior parte da popularidade de Dilma não vem dela mesma”, afirma Dias, do Ibep. “Até pela folgada maioria no Congresso, ela será mais observada pela mídia.”

Alguns dizem que Dilma esquentará o principal assento do Palácio do Planalto para que Lula retorne em 2014. Outros preferem vê-la como uma mulher forte, que sobreviveu à prisão e ao câncer para golpear um cenário político repleto de caras antigas. Uns tantos a consideram uma burocrata que terá dificuldades para conduzir o país por falta de ginga com os políticos de Brasília.

Com uma trajetória que só começou a ser conhecida há poucos meses, talvez o Brasil precise de quatro anos para saber a resposta.

sábado, 30 de outubro de 2010

Ex-vereador de Feira de Santana morre ao levar choque em piscina


O ex-vereador de Feira de Santana, José Flantildes Ribeiro de Oliveira, de 70 anos morreu eletrocutado neste sábado (30/10), dia em que comemorava mais um ano de vida.
Flantildes, como era mais conhecido no meio político limpava a bomba elétrica da piscina de uma fazenda na cidade de Mairí, onde iria receber amigos e convidados.
De acordo com familiares do ex-vereador, ele tomou o choque por estar com o corpo molhado no momento em que fazia a limpeza. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Jacobina.
Em seguida, irá para a cidade de Feira de Santana, local onde será velado na Câmara de Vereadores, onde já foi presidente, além de ter cumprido três mandatos como Vereador e em seguida será sepultado no Cemitério Piedade.

PRF dá início a Operação Finados


Por conta do feriado prolongado de Finados, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) dá início à meia-noite desta sexta-feira, a Operação Finados 2010. O principal objetivo é reforçar o policiamento nas rodovias federais do Estado. A operação termina na terça-feira (02/11).

A PRF encaminhou hoje à imprensa uma nota em que convoca os condutores e usuários das rodovias para a responsabilidade na utilização das vias. Veja na íntegra:

A Polícia Rodoviária convoca os condutores de veículos e usuários das rodovias a dividirem com a corporação a responsabilidade na busca pela redução nos índices dos acidentes de trânsito. Para isso, os condutores devem, antes de iniciarem seus passeios, verificar as condições dos veículos como: situação dos pneus, sinalização (setas, faróis e luzes de freio) e eficiência dos equipamentos obrigatórios (limpadores de para-brisas, cinto de segurança, cadeirinha, bebê-conforto e assento de elevação para as crianças,etc).