Após ter sido notificada pelo diretor do PROCON de Feira de Santana, a vendedora autônoma Roberta Gomes, proprietária de um escritório de representações da empresa Fuji Yama do Brasil, foi autuada em flagrante no final da manhã desta quinta-feira (13) ontem pelo delegado Matheus Souza, titular da 1ª Delegacia, por crime de estelionato.
A mulher é apontada por comandar um esquema de venda de produtos ortopédicos no qual eram tomados empréstimos consignados em nome dos clientes, sem os mesmos terem conhecimento.
Conforme o que foi apurado pela Polícia as vítimas quase sempre eram aposentados, e de preferência analfabetos ou com pouco grau de escolaridade. Algumas pessoas lesadas fizeram uma denúncia ao PROCON.
Conforme o diretor do órgão, a situação foi confirmada e o escritório foi interditado e os responsáveis conduzidos ao Complexo Policial Investigador Bandeira.
"Apresentamos os proprietários de uma empresa, que são representantes autônomos, e trabalham para a Fuji Yama do Brasil. A empresa oferece produtos fitoterápticos. Mas o Procon entende que os idosos estão sendo lesados porque a empresa diz que vende travesseiro para aposentados, quando na verdade essa pessoa está contraíndo um empréstimo", explicou Felzemburg.
O diretor do Procon também salientou que um travesseiro poderia chegar a custar mais de R$ 2 mil. "Esses empréstimos são feitos pelos bancos BMG, BMC, e Bom Sucesso. O banco paga a empresa e o consumidor de fica com uma dívida de mais de R$ 2 mil por conta de um travesseiro. O Procon não vai permitir que isso continue em Feira de Santana".
ESTELIONATO
De acordo com o delegado Matheus Souza, duas pessoas foram ouvidas na manhã de ontem. Entretanto a polícia deve colher o depoimento de outras pessoas que foram lesadas ainda esta semana. O titular da 1ª Delegacia também explicou a tipificação do delito cometido pelos responsáveis pela empresa.
"Ao invés de darem a explicação clara de que estava sendo feito o emptréstimo consignado, em folha, eles apenas davam a entender que seria um meio de pagar o produto sem que as pessoas tivessem o conhecimento pleno de que estavam tomando um empréstimo que seria debitado em sua conta. Praticando assim o crime de estelionato", frisou.
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