O presidiário da Colônia Penal Lafayete Coutinho, Gilvan Cleucio de Assis, 34, declarou em depoimento que durou até as 2 horas da madrugada desta quarta-feira, 12, detalhes de como aconteceu à morte da pediatra Rita de Cássia Tavares Giacon Martinez, 39, na última quinta-feira (26). A confissão aconteceu após a apresentação do acusado à imprensa. Gilvan relatou que se escondeu atrás de uma pilastra, enquanto a medica colocava a filha no banco traseiro do veiculo. E quanto o que motivou o crime o presidiário alegou que não conseguiu controlar seus impulsos nervosos. O depoimento foi acompanhado por dois defensores públicos.
Rita foi abordada quando ia assumir a direção do veículo. “Ele disse que não deixou ela sair e fechou a porta”, contou o delegado-geral Joselito Bispo. Após assumir a direção, Gilvan passou pela Rodoviária e seguiu pela BR-324 até o local do crime.
Já na entrada da Fazenda Lagoa, município de Santo Amaro, a vítima tentou fugir. O fato teria causado descontrole no sequestrador que teve a reação de atropelar a médica. O assassino negou que tenha havido tentativa de estupro e disse que durante o percurso não houve reação da pediatra.
O CASO
A pediatra Rita de Cássia foi seqüestrada e morta após fazer compras para o Dia dos Pais, no Shopping Iguatemi, em companhia da filha de um ano e oito meses. Seu corpoa, modelo Zafira, de cor preta, foi encontrado num trecho da BR-324, próximo a São Sebastião do Passé. O bebê dormia no interior do veículo.
No fim da tarde, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) localizaram o corpo da médica a cerca de 12 quilômetros do veículo, numa estrada de terra que dá acesso à Fazenda Lagoa, em Santo Amaro. Marcas de pneu no corpo da vítima indicam que ela foi atropelada várias vezes. A bolsa da vítima, jóias e os presentes foram achados no carro. Apenas sua carteira foi levada.
Morando em Salvador há 10 anos, Rita de Cássia era casada com o também médico Márcio Martinez. Era natural de São Sebastião da Grama, no interior de São Paulo, onde foi sepultada no último sábado (8).
Posta por Jorge Magalhães
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