Os Policiais Militares da Bahia resolveram adiar para a próxima segunda-feira (10) o movimento 'Polícia Legal', que seria deflagrado a partir das 19h desta quinta-feira (06). A categoria garantiu que irá manter o policiamento neste final de semana, mas avisou que se não ocorrer avanço nas negociações pode paralisar.
Pela manhã, em assembléia realizada no Clube dos Oficiais, no bairro dos Dendezeiros, os oficiais decidiram que irão cumprir à risca o que determina a Constituição Federal, que veta, por exemplo, o uso de viaturas com irregularidades e a atuação de policiais sem armamento apropriado.
'Durante o movimento, o pessoal vai trabalhar e servir a sociedade com decência', afirma o subtenente Adaílton Leal, presidente da Associação de Sargentos e Subtenentes da Polícia Militar da Bahia. Caso o soldado não possua o curso específico para a condução de veículo de emergência, exigido pelo art. 145 do Código Brasileiro de Trânsito, ele não deverá dirigir a viatura, informa.
Dentre as propostas fornecidas ao governo pelos policiais, estão reajuste salarial e a equiparação salarial com os soldados de Brasília, que ganham R$ 4 mil. Eles ainda exigem melhores condições de trabalho, sob o argumento de que alguns policiais fazem diligências sem coletes à prova de balas e com viaturas sucateadas.
Wagner fala
Em entrevista ao programa do jornalista Casemiro Neto na TV Aratu no começo da tarde de hoje (6), o governador Jaques Wagner comentou o movimento “Polícia Legal”.
Wagner exigiu que os policiais devem respeitar a hierarquia a qual estão submetidos e ressaltou que a PM é uma instituição que tradicionalmente respeita a ordem. O governador ainda disse que quem deixar de cumprir com suas funções será tratado com rigor pelo governo. Wagner ainda falou que as condições de trabalho dadas aos PMs e a realidade financeira do estado não podem ser comparadas às de outras unidades da federação.
O governador afirmou ainda que a Força Nacional pode ser requisidade para cobrir qualquer eventualidade.
Posta por Jorge Magalhães
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