quarta-feira, 12 de agosto de 2009

PMs e empresário são denunciados por assassinato encomendado

Três anos após o assassinato de Sandro Luiz Alves Nunes e Luciana Maria Rodrigues dos Santos, motivados por uma recompensa de R$ 3 mil, os Policiais Militares Aderivaldo Santos Diogo, José Edmilson do Nascimento e Edmilson Quirino da Silva foram denunciados, nesta terça-feira (11), pelo promotor de Justiça Rildo Mendes de Carvalho à Justiça.

Segundo o representante do Ministério Público estadual, o assassinato, contratado pelo empresário Lourival Gama da Conceição, também denunciado, aconteceu no município de Juazeiro em março de 2002, após Sandro se negar a ter um relacionamento homoafetivo com o empresário, que é proprietário de postos de combustível, loja de revenda de veículos e supermercado.

Representante comercial de sandálias, Sandro Nunes conheceu o proprietário do supermercado, Lourival Conceição, durante uma transação comercial para revenda do produto em seu estabelecimento. Desde então, explica o promotor de Justiça, surgiu uma relação de cordialidade entre os dois, tendo a vítima sugerido, inclusive, que a família de sua namorada Luciana Santos passasse a fazer as compras mensais no supermercado de Lourival.

Ocorre, entretanto, que, nesse entremeio, o representante comercial passou a ser assediado pelo empresário. As insistentes cantadas e assédio de Lourival, lembra Rildo Mendes, levaram Sandro a se queixar com o seu irmão, confidenciando-lhe, inclusive, que o empresário se propôs a bancá-lo e que, logo que Lourival soube do seu noivado com Luciana, passou a ameaçá-lo, “sempre afirmando que ele noivou, mas não se casaria!”.

O CASO

Do noivado, em dezembro de 2001, ao assassinato, em março 2002, passaram-se pouco mais de dois meses de ameaças frequentes às duas vítimas, recorda o promotor. Durante esse período, continua Rildo Mendes, Lourival continuou a assediar Sandro, mostrando-se inconformado com a negativa do representante em se relacionar homoafetivamente com ele, que contratou os PMs para “realizarem o serviço sujo, que lhe custou R$ 3 mil”. Assim, no dia 13 de março, o PM Edmilson Silva, vulgo “China”, abordou as vítimas em emboscada, pedindo-lhes uma carona, quando foi prontamente atendido. No trajeto, os outros dois PMs adentraram no veículo e conduziram Sandro e Luciana para uma estrada vicinal, que liga Juazeiro a Sobradinho, onde, após estuprarem Luciana Santos, assassinaram ela e seu noivo.

Na denúncia, o promotor de Justiça registra que, desde que a investigações do crime foram iniciadas, os policiais passaram a intimidar as famílias das vítimas, chegando Lourival Conceição a mandar um cunhado à casa da mãe de Luciana para levar um recado intimidativo, dizendo que ela fosse à imprensa negar a participação dele no crime.

Posta por Jorge Magalhães

2 comentários:

Unknown disse...

O que me causa espanto neste caso em especial é que, segundo a versão da policia e do Ministério Público uma das vitimas foi estuprada, porque não foi feito exames no corpo da vitima para encontrar os vestigios da pessoa que se relacionou sexualmente com ela"o tido estuprador", como sempre a dita justiça de Juazeiro da Bahia tem que achar um bode expiatorio para simplesmente dizer que não ficou por isso mesmo, então é melhor investigar de forma correta e pelos meios legais,pois ao veicular o nomes de policiais que nada tem haver com o caso, estão também destruindo familias e destruindo a vida profissional deste policiais.
Alias a justiça de Juazeiro não é nenhum exemplo a ser seguindo uma vez que o Forum é uma verdadeira bagunça, e para fazer consulta de um processo é preciso prazo minimo de 30 dias para que os funcionários possam encontrar os processos, e também não é preciso ir muito longe para termos como bom exemplo o caso da Juiza Olga.

Unknown disse...

Realmente a Policia Civil de juazeiro deve está trabalhando muito mesmo, pois os policiais civis de juazeiro ao ir cumprir uma diligencia com o mandado em mãos para busca e apreensão de um indiciado(procurado), sabido que consta do mandado o endereço e nome do indiciado,ao inves de ir até a casa que constava do mandado, foram invadindo a residencia vizinha, pegando um menor como sendo o indiciado(procurado), sabido que o menor encontrava-se sozinho em casa pois seus pais haviam acabado de sair para o trabalho.
Desta forma pergunto como é possivel que um erro tão grosseiro, pois até onde sabemos o procurado era conhecido dos meios policiais então não é possivel tal absurdo.