terça-feira, 3 de agosto de 2010

Polícia investiga sumiço de bebê prematuro

A delegada Sione Porto, titular da Delegacia de Itabuna, investiga as circunstâncias do desaparecimento de um neonato (bebê com gestação inferior a seis meses) que estava sendo transferido em uma ambulância, de um hospital em Ipiaú para a Santa Casa de Itabuna. “Estamos averiguando todas as possibilidades para entender como se deu o desaparecimento da criança, fato já denunciado à nossa unidade policial”, informou a delegada.


Segundo Sione Porto, as primeiras informações dão conta de que o bebê teria sobrevivido apenas algumas horas depois de ter sido deixado na Santa Casa de Itabuna por um enfermeiro que retornou para Ipiaú.

Registrou queixa


A mãe submeteu-se a uma curetagem em Itabuna, município onde o corpo do bebê teria sido enterrado em local desconhecido. A delegada, que já solicitou dos hospitais os relatórios médicos do caso, pretende, nos próximos dias, ouvir funcionários e o diretor da Santa Casa para esclarecer os fatos.

A mãe registrou a queixa como desaparecimento de um recém-nascido, mas, de acordo com a delegada esta não seria a classificação mais adequada para alguém que nasceu com apenas cinco meses de gestação.



“Há casos de bebês que sobreviveram mesmo tendo nascido com menos de 500g. Este teve uma sobrevida de algumas horas e isso tudo terá que ser levado em consideração” avaliou. Sione Porto informou também está apurando as circunstâncias da transferência do bebê, uma vez que houve a solicitação por parte do hospital de Ipiaú.


“Queremos saber quais foram os motivos da solicitação e entender o que aconteceu durante a transferência de Ipiaú para Itabuna. São detalhes que vão contribuir para o êxito da investigação”, explicou a delegada.

Nota do Hospital

Em 27.07.2010, às 16h51min, procedente do Hospital Geral da Cidade de Ipiaú, chegou ao Hospital Manoel Novaes, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, um feto, produto de gestação da Srª Fabricia Pires Santos, residente na mesma cidade. Ao ser avaliado pelo médico plantonista, o citado feto apresentava sinais compativeis com 23 semanas, pesando 415 gramas e sem abertura de fenda palpebral.

Segundo o mesmo profissional, pessoas que acompanharam o feto foram alertadas da inviabilidade de sua sobrevivência.

De acordo com critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, foi o feto classificado como produto de abortamento, portanto não cabendo registro civil ou emissão de Atestado de Obito.

Às 20h40min. do mesmo dia, após cessados os sinais de vida, conforme rotineiramente é feito em casos semelhantes, foi, o citado feto, conduzido para local, neste hospital, destinado a essa finalidade de recolhimento de tecidos fetais e restos placentários.

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