quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Polícia investiga se mãe teve ajuda de outra pessoa no assassinato da filha

A polícia de Vera Cruz está investigando a possibilidade de uma segunda pessoa ter participado do assassinato de Janaína Santana de Jesus, de apenas cinco anos, encontrada morta na tarde da última segunda-feira nas proximidades da praia da Gameleira.

Segundo informações do delegado Lúcio Ubiracê Gomes, a mãe da criança, Rita de Cássia Santana Silva, continuará presa esta semana na delegacia do município para participar de diligências que os policiais pretendem fazer para esclarecer a circunstância do assassinato da criança. Rita, até o momento, é a única acusada do assassinato da própria filha.

Ainda nesta quarta-feira o pai de Janaína, o policial militar Ivo de Jesus, irá à delegacia para prestar depoimento. Ele foi ouvido de maneira informal por policiais na noite desta terça-feira quando foi ao Instituto Médico Legal de Santo Antônio de Jesus. Ivo informou que pretende prestar declarações à polícia após o enterro de Janaína, que ainda deve acontecer nesta quarta-feira. O corpo dela já está liberado do IML, mas ainda não foi retirado pelos familiares. Ivo teve a filha com Rita de Cássia em uma relação extra-conjugal e atualmente pagava pensão alimentícia à menina. O laudo com a causa da morte da criança deve ficar pronto em um prazo máximo de 15 dias.

Entenda o caso

Rita apareceu na delegacia da cidade no último sábado dizendo à polícia que a filha havia sido sequestrada e morta por traficantes. A partir de então, os policiais começaram as buscas e encontraram o corpo da menina com sinais de violência. Havia hematomas nos olhos, que estavam projetados para fora do globo ocular como se a criança tivesse sido estrangulada. Segundo o delegado Ubiracê, nas proximidades do corpo foram encontrados materiais usados em rituais de magia negra.

O delegado ainda informou que Rita tem apresentado um comportamento confuso desde que se apresentou à polícia pedindo socorro. Nas palavras de Ubiracê "ela aparenta estar em meio a uma crise mental, mas não podemos descartar a possibilidade de que ela esteja fingindo para se livrar do flagrante. Por isso achei por bem decretar a prisão preventiva até que a perícia apresente as conclusões sobre a causa da morte da criança e sobre o quadro de sanidade mental da suspeita".

Rita está sendo considerada suspeita da morte da própria filha pela polícia pois mentiu em depoimento, dizendo que havia chegado à ilha no sábado, quando testemunhas afirmam que a viram junto à criança já na sexta, nas proximidades do manguezal onde foi encontrado o corpo da menina. Além disso, ela era a única pessoa em companhia da criança antes do desaparecimento.



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