quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ex-cantor do Tchan desparece com medo de represália

Depois de ter sido noticia em todos os jornais e sites de todo o país, que deram destaque ao cantor Kléber Menezes, em Salvador ele virou um fantasma. Seu nome paira sobre a cidade, mas sua figura permanece invisível.

Assombrado depois de matar o sargento Gepson Araújo Franco em uma briga na boate de strip-tease Eros, na madrugada de sábado, o pagodeiro preferiu se esconder. Kléber tem medo que integrantes da Polícia Militar queiram vingar a morte do colega.

A orientação partiu da 16ª Delegacia, na Pituba, que investiga o crime. A polícia sugeriu que ele saísse da casa onde mora, não atendesse ao telefone e não falasse com a imprensa para não se expor.

Nem à mãe Kléber deu notícias. “Soube do que aconteceu pelo jornal. Ainda não falei com ele. Tem meses que Kléber não aparece aqui”, contou. Com medo de sofrer represálias, ela não quis revelar o nome.

Depois da morte do sargento, familiares e amigos do ex-cantor do É o Tchan! temem falar sobre o assunto. “Nós sabemos como as coisas funcionam. Mesmo que não tenha culpa, o fato é que Kléber matou um PM. E eles não vão deixar barato”, afirmou um amigo.

Eles têm medo de falar com jornalistas, porque acreditam que podem ser procurados por policiais para dar informações sobre o cantor. “A gente diz uma coisa aqui e depois vira alvo ou pode ser perseguido por falar demais”, diz um antigo colega de banda.
DISPARO

De acordo com depoimentos prestados na 16ª DP, Gepson, à paisana, entrou na boate com um amigo, conhecido como Gordo, e com um casal - que logo depois decidiu deixar o estabelecimento.

“O rapaz que estava acompanhado achou que o local não era um ambiente para a mulher dele frequentar. Como todos estavam no mesmo carro, Gepson e Gordo deixaram o casal em algum lugar e depois retornaram para a boate”, relatou um dos policiais que investigam o caso.

TESTEMUNHAS

As imagens registradas pelo circuito interno da boate já foram entregues aos peritos. Através delas será possível apontar se não havia outros envolvidos no episódio. “Vamos esgotar todas as possibilidades”, assegurou o delegado. Os laudos devem ser enviados à 16ª DP no prazo mínimo de 30 dias.

Ainda segundo Cunha, outro fator importante na investigação são as testemunhas. No dia do crime, ele chegou a ouvir, informalmente, funcionários e clientes da boate, mas até agora só oito pessoas compareceram à delegacia. “Os relatos serão importantes para confrontarmos com as declarações do acusado”.

Além das testemunhas, o delegado disse que fará parte deste inquérito a fase de acareação e a reconstituição dos fatos. Ontem,o CORREIO procurou a direção da boate Eros, mas o estabelecimento estava fechado.

Caso repercute em todo país

Depois do CORREIO DA BAHIA publicar ontem, em primeira mão, que o responsável pela morte na Boate Eros foi o ex-cantor das bandas É o Tchan! e Parangolé, o caso ganhou repercussão em todo o Brasil. Os maiores portais do país, a exemplo do G1, Uol e Terra, destacaram a história e reforçaram que Kléber Menezes responde o crime em liberdade por não ter sido preso em flagrante. Versões on-line dos jornais Estado de São Paulo (SP), O Dia (RJ) e O Povo (CE) também noticiaram o ocorrido. Sites do Mato Grosso do Sul, Paraíba, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Piauí, além de diversos portais e blogs do interior da Bahia também destacaram o caso.

Informações do Correio da Bahia

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