Em seu depoimento na Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro (DHC), na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, o primo do goleiro Bruno, de 17 anos, teria revelado que um cão da raça rottweiler comeu o corpo de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador do Flamengo, que está desaparecida. A informação foi dada pelo advogado Ercio Quaresma Firpe, representante de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, que foi incriminado pelo adolescente em seu depoimento.
“Ele (o menor) disse que deu três coronhadas na cabeça de Eliza, e que ela foi levada para Belo Horizonte no carro junto com Luiz Henrique, onde meu cliente a teria levado sozinho para um lugar”, contou Ercio Quaresma. “O Luiz Henrique teria dito ao menor quando voltou que teria acabado, que a pessoa que fez o serviço teria dado o corpo para um rottweiler comer”, afirmou o advogado, em entrevista, na porta do Departamento de Investigações.
O advogado, que disse ter recebido informações do depoimento do adolescente por telefone, sem citar sua fonte, afirmou que o adolescente não informou o nome da pessoa que teria desossado o corpo da estudante desaparecida. Ela classificou essa versão como “surreal”.
“O mais interessante é o cão comer o corpo todo. A história é surreal. Não acredito que um cachorro possa comer alguém”, salientou o advogado Ercio Quaresma, que reafirmou considerar “nulo” o depoimento do primeiro de Bruno, por ser menor e pela forma como foi conduzido.
“Menor prestar depoimento sem representante legal, que é um ato nulo, só se for na presença de um curador”, afirmou Quaresma, acrescentando que isso não aconteceu no caso do adolescente ouvido nesta terça-feira. “Isso é uma aberração. Ao que me consta os representantes legais do menor podem pedir a anulação”, destacou.
Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho. À polícia, amigos da jovem disseram que ela viajou do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite do goleiro, com quem se encontraria justamente no sítio do goleiro, no município mineiro de Esmeraldas. A Polícia Civil de Minas Gerais recebeu telefonema anônimo avisando que Eliza teria sido espancada e morta na propriedade de Bruno.
O filho de Eliza, um bebê de quatro meses, foi visto no sítio de Bruno por policiais, de acordo com a delegada Alessandra Wilke, presidente do inquérito. A Polícia deixou o local e, quando retornou, não encontrou a criança. O bebê foi localizado no último dia 26 de junho, em uma favela em Contagem, na divisa com Ribeirão das Neves, em companhia de conhecidos de Bruno e de sua mulher, Dayane Fernandes. Ela responde a inquérito por subtração de incapaz.
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