O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) confirmou neste domingo (18/07) a paralisação de 72 horas que será iniciada nesta segunda-feira (19/07) como protesto à nova escala de trabalho implantada pelo governo estadual no início deste mês. A suspensão dos serviços vai de encontro à determinação expedida pelo juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Ricardo d´Avila, na última sexta-feira (16/07), que proibia os policiais de paralisar as atividades.
Segundo o secretário geral do Sindpoc, Bernardino Gayoso, a paralisação não é nenhuma ilegalidade. “Estamos lutando por nosso direito. A escala é prejudicial. Com a nova rotina de trabalho os policiais sequer podem estudar para conseguir uma especialização”, disse Gayoso.
O secretário geral do órgão sindical disse também que a notificação judicial só foi entregue ao Sindpoc no final da tarde de sexta, o que inviabilizaria qualquer tentativa de desarticular a paralisação.
A Justiça também requisitou que o sindicato retirasse de seu site a convocação da categoria para a suspensão dos serviços. Segundo Gayoso, no entanto, isto é impossível, já que a administração do site é terceirizada e seu conteúdo não pode ser alterado de imediato. A multa diária pelo descumprimento das determinações é de R$100 mil.
Uma assembleia dos policiais civis deve ocorrer na próxima terça-feira (20) para discutir a continuidade do movimento. Inicialmente, o Sindpoc havia anunciado paralisações de 72 horas para as próximas três semanas. Após o anúncio das manifestações, o delegado geral da Polícia Civil, Joselito Bispo, afirmou que os policiais que aderissem ao movimento teriam o salário descontado dos dias não trabalhados. O Sindpoc, no entanto, ignorou a ameaça e manteve o cronograma de paralisações conforme o programado.
Informações do Tribuna da Bahia
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