Mesmo sob ameaças, o Sindicato da Polícia Civil da Bahia (Sindpoc) decidiu manter a paralisação programada para os dias 19, 20 e 21 deste mês. Segundo o presidente em exercício do órgão sindical, Marcos Maurício, os policiais não podem ficar parados enquanto são prejudicados pela implantação da nova escala de trabalho, em vigor desde o dia 1º deste mês.
“A nova escala é uma arbitrariedade. Os policiais foram muito prejudicados pelo novo regime de trabalho. Já ganhamos mal. O nosso estado é o 23º colocado do país no que se refere ao salário. Precisamos complementar a renda, o que fica impossível com essa escala”, disse Marcos Maurício.
Na última quarta-feira (14/07), o delegado geral da Polícia Civil do Estado da Bahia, Joselito Bispo da Silva, afirmou que os policiais que aderirem à paralisação terão o salário descontado pelos dias não trabalhados. “A administração não vai tolerar paralisações abusivas, que ofendam o direito de greve nas atividades essenciais e indispensáveis ao bem estar do cidadão”, afirmou Bispo.
O presidente em exercício do Sindpoc refutou esta hipótese. “Ele não é juiz para considerar nossa paralisação ilegal. Isto ultrapassa as funções dele. A nossa manifestação está mantida”, disse. Além da suspensão de serviços programada para a próxima semana, foram agendadas paralisações para os dias 26, 27 e 28 de julho e nos dias 02, 03 e 04 de agosto.
Novo regime
O novo horário das delegacias entrou em vigor apenas nas unidades de Salvador e Região Metropolitana. Com o regime de serviço instituído este mês, os policiais passaram das 24 horas de plantão por 72 horas de folga (24/72h) para 12 horas de plantão por 24 horas de folga (12/24h).
“O antigo regime estava trazendo prejuízos a todos. Um delegado ao encerrar o plantão interrompe também todas as suas atividades, que só serão retomadas 72 horas depois, quando retornar à unidade policial”, relatou o delegado geral.
Informações do Tribuna da Bahia
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