terça-feira, 25 de maio de 2010

Mesa cirúrgica quebra e mata recém-nascido

Foi enterrado na tarde desta segunda-feira (24/05), em Porto Seguro, o corpo do recém-nascido João Henrique. Durante o trabalho de parto da mãe dele, a mesa cirúrgica do Hospital Luiz Eduardo Magalhães se quebrou e desabou. O bebê acabou morrendo, de traumatismo craniano, ao bater a cabeça em um balde que estava debaixo da maca.

Alcione Teixeira Santos, 28 anos, que estava em período expulsivo de trabalho de parto, sofreu traumatismo em região do púbis e no membro inferior direito. Em nota enviada à redação, a assessoria de comunicação da unidade hospitalar informa que a paciente deu entrada às 06h de domingo (23), e entrou em trabalho de parto normal às 15h30 do mesmo dia.

Em entrevista ao RADAR64, o pai de João Henrique, João Leal de Jesus, 32 anos, afirmou que a sua mulher reclamava que não teria condições de ter um parto normal, mas mesmo assim a equipe médica não optou pela cirurgia cesariana, chegando a usar um equipamento para puxar o bebê.

João Leal contou que conversou com sua esposa e ela teria tido que o médico mandou duas enfermeiras se esforçarem ao máximo para fazer o parto, o que pode ter provocado o desabamento.

Ainda no comunicado, o hospital informa que os equipamentos passam por manutenção preventiva e que a mesa cirúrgica que se quebrou havia passado por essa checagem no início do mês, não apresentando nenhum defeito aparente.Na manhã desta segunda-feira (24/05), uma equipe da Polícia Civil esteve no hospital, retirando as peças da mesa cirúrgica para perícia. Foi aberto um inquérito policial.

Alcione permanece internada, bastante abatida com a situação, mas passa bem e falou que assim que receber alta vai procurar o Ministério Público para fazer a denúncia. A diretoria do hospital diz que está realizando o seu acompanhamento psicológico e que um ortopedista cuida das lesões.

O velório de João Henrique, primeiro filho do casal, que nasceu com pouco mais de quatro quilos e meio, aconteceu na Avenida Santa Rita, em Pindorama, distrito de Porto Seguro. O pai, devido às condições emocionais, não compareceu, preferiu ficar no hospital com a mulher.

Ele reclama que o hospital sonegou informação do que teria acontecido e eles tiveram de ficar a noite inteira no hospital, esperando para ver a criança.

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