sábado, 29 de maio de 2010

Aladim é encontrado morto dentro de cela

O traficante Renildo dos Santos Nascimento, conhecido como Aladim, de 27 anos, é encontrado morto em uma cela do Presídio de Segurança Máxima, em Cantanduvas, estado do Paraná. Aladim é acusado de ser o mandante da série de ataques sofridos em 2009 contra módulos policiais, PMS e ônibus na cidade. Logo depois dos dias de terror, que causou pânico na população e na corporação pela brutalidade com que os bandidos agiam pelas ruas, ele foi transferido para Catanduvas.
Segundo informações do Departamento Penitenciário Nacional, a descoberta foi feita por agentes penitenciários, quando chamavam os presos para tomar café na manhã de ontem. Aladim teria se enfocado com as próprias roupas que usava. O juiz Federal Corregedor do Presídio, Nivaldo Brunoni, afirmou que será aberta uma investigação para apurar o caso.

Com uma vasta ficha criminosa, Aladim era tido pela polícia como um bandido de alta periculosidade. Ele é apontado como o principal líder do tráfico de drogas no Subúrbio Ferroviário, com atuação nos bairros de Mussurunga e São Cristóvão. Segundo a polícia, o traficante é também responsável por cometer mais de 15 homicídios, de fornecer armas para bandidos e de liderar as chacinas de Mussurunga, em junho de 2008, que resultou na morte de sete pessoas, a do Alto das Pombas, quando quatro pessoas foram assassinadas, e em Nova Constituinte, com três executados. Quase toda a família de Aladim, conforme a polícia, também teria envolvimento com o trafico de drogas. A mãe dele, Bárbara dos Santos Nascimento, a irmã Sidnéia Nascimento Prazeres, o irmão, Evandro Luís dos Santos Lima, e o padrasto, Alex Santos Sacramento, também já foram presos por associação ao tráfico de drogas.

Aladim estava foragido quando foi preso por policiais da Delegacia de Homicídios em sua residência no bairro do Pero Vaz, juntamente com sua namorada. Mesmo detido da Unidade Especial Disciplinar (UED), presídio de segurança máxima de Salvador, ele chegou a comandar por telefone, de dentro da cela, os ataques a seis módulos policiais, oito ônibus e três tentativas de homicídios contra policiais militares.
Ainda preso na UED, Aladim era um dos líderes de uma facção criminosa considerada uma das maiores do estado da Bahia, que já foi comandada pelo traficante Eberson Santos Silva, Pitty, morto em 2007.Em setembro do ano passado, a Secretaria de Segurança Pública transferiu para a Penitenciária de Segurança Máximas, em Catanduvas, Aladim e mais treze homens que teriam ligação com a facção criminosa de Cláudio Campanha, e que, segundo a polícia, seriam os responsáveis pela onda de violência que ocorreu em Salvador. A previsão, segundo a Secretaria de Segurança Pública, era que eles permanecessem naquela unidade pelo período de um ano, podendo estender por mais um.

Considerado um bandido de alta periculosidade, Aladim permaneceu por oito meses isolado em uma das 208 celas do presídio, sem ter contato com os demais presos. Cada cela tem sete metros quadrados e possue cama, mesa, banco e prateleira, tudo feito de concreto, - o que não permite remover -, um banheiro nos fundos, uma pia e vaso sanitário separado por uma parede. O local não tem tomada de energia elétrica. Ao entrar na cela, Aladim, como todos os outros detentos, recebe um uniforme azul claro, chinelo tipo havaianas e um sapato de lona. O kit de higiene e limpeza (escova de dente, creme dental e aparelho de barbear) é entregue e recolhido diariamente pelos agentes penitenciários.

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