Polícia prende autores da ‘Chacina de Crisópolis’

Já estão presos os cinco acusados da “Chacina de Crisópolis”, que teve como vítimas, em fevereiro passado, sete lavradores. Quatro destes criminosos – Bento José de Souza (Bentinho), 38 anos, Gidenílson da Silva Santos (Nego Dene), 38, José Agnaldo dos Santos Silva (Zé de Lia), 33, e Marc Renes Oliveira de Souza (Marquinhos), 33 – foram apresentados, na manhã desta sexta-feira (18), no auditório da sede da Polícia Civil, na Praça da Piedade, após equipes da 2ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Alagoinhas) cumprirem mandados de prisão.

O quinto integrante da quadrilha, o sargento PM Raimundo Alves da Costa, se apresentou na manhã desta sexta-feira (18), na 6ª Companhia Independente da Polícia Militar, em Rio Real, onde é lotado. Residente em Crisópolis, a 160 quilômetros de Salvador, ele será interrogado na 2ª Coorpin.

Ao lado do delegado-geral Hélio Jorge Paixão, o coordenador regional da 2ª Coorpin, delegado Ricardo Esteves Brito Costa, que comandou as investigações, deu detalhes da operação à imprensa. Ele ressaltou que os criminosos foram capturados em suas residências – três em Olindina e um em Crisópolis – e que a polícia apreendeu, além de um veículo Pálio Fire, cor cinza, placa JMZ-6080, pertencente ao sargento Raimundo Souza e utilizado no dia do crime, duas pistolas 9 mm, uma pistola ponto 40 (numeração raspada), um revólver 38 (numeração raspada), cinco carregadores, munição de vários calibres, três rádios comunicadores, dois celulares e um colete balístico.

 O alvo dos bandidos era a dupla Édson Fonseca e Edvânio Neves, ambos com passagens pela polícia por assaltos praticados na região. Eles estariam ameaçando matar Bentinho, Nego Dene e Zé de Lia, que trabalham como seguranças em Olindina, e o empresário conhecido como “Marquinhos”.       O grupo decidiu eliminar os desafetos e, para tanto, juntaram-se ao sargento PM, que providenciou toda a logística e ficou responsável pelo levantamento da rotina de Édson e Edvânio.

Acusado de praticar, em companhia de Édson, uma série de delitos na região, Edvânio é filho de uma das vítimas, o lavrador Abelardo de Jesus Xavier, 41 anos. O bando foi até a casa de Abelardo a procura de Edvânio e Édson e, ao perceberem que não estavam, executaram os sete trabalhadores, que bebiam e jogavam dominó na varanda da casa.

José do Monte, 66 anos, Jorge Batista do Monte, 42, Sivaldo Neves Monte, 39, Evanildo Dantas dos Santos, 20, José Nílton de Souza, 32, Abelardo de Jesus Xavier, 41, e Aílton Moraes da Silva, 16, foram obrigados a deitar no chão e mortos. Édson e Edvânio foram presos uma semana depois do crime.