Em marcha lenta. É dessa maneira que o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) indica que os agentes trabalhem durante o Carnaval. Segundo o sindicato, a ação, batizada de Operação Tartaruga, visa chamar a atenção do governo para as reivindicações da categoria, que reclama de falta de agentes e equipamentos que dificultam as investigações.
“Queremos dar visibilidade ao problema. Estamos com armamento defasado”, disse o vice-presidente do Sindpoc, Marcos Maurício, antes de afirmar que agentes têm utilizado armas apreendidas durante as operações. “Os policiais estão usando armas frias. Quando um criminoso é preso com uma arma, ela é periciada e disponibilizada para os agentes, o que é um absurdo”, conta.
O delegado geral da Polícia Civil, Joselito Bispo, disse que a prática não existe. “Isso não existe mais. Estamos combatendo práticas antigas e ilegais e elevamos muito o número de armas no estado. Aliás, estamos fazendo um processo de padronização das armas da Polícia Civil. Todos vamos usar pistolas de calibre .40”, disse.
O secretário da Segurança Pública, César Nunes, também refutou a denúncia. “Os diretores do sindicato estão com o juízo fora do normal. Querem chamar a atenção inventando problemas. E quem fizer Operação Tartaruga será punido”, garantiu. De acordo com Marcos Maurício, durante o Carnaval, os agentes vão dar prioridade a flagrante. “Orientamos os policiais para, por exemplo, no caso de uma briga, apenas separar e ir embora. Não vamos perder tempo com o que não nos compete”, completa o vice- presidente do sindicato dos policiais civis.
(Notícia publicada na edição impressa de 11/02/2010 do CORREIO)
Nenhum comentário:
Postar um comentário