Dando continuidade ao processo investigatório criminal instaurado para investigar os crimes em série registrados em Vitória da Conquista após o assassinato do soldado da Polícia Militar Marcelo Márcio Lima, em 28 de janeiro, os promotores de Justiça que compõem a força-tarefa constituída pelo Ministério Público da Bahia para apurar os fatos promoveram reuniões na tarde desta segunda-feira (22/02), com membros da Polícia Civil, da Polícia Militar e com o juiz da comarca, Reno Viana Soares, para traçar os próximos passos das investigações e definir medidas judiciais a serem adotadas nos próximos dias.
De acordo com o promotor de Justiça Paulo Gomes, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), testemunhas e vítimas que sobreviveram aos crimes recusaram-se a prestar depoimento, como estava previsto para hoje, na presença de policiais e, em razão disso, o MP deverá ouvi-las em outras datas e locais.
A força-tarefa da Polícia Civil, por sua vez, segundo informações do promotor, começará amanhã a ouvir diversos policiais militares. Os depoimentos serão acompanhados por promotores de Justiça.
Após a morte do policial, diversos crimes foram registrados no município, dentre eles a invasão de casas e agressão e sequestro de várias pessoas, sendo que 14 delas foram executadas e três jovens continuam desaparecidos. Segundo o procurador-geral de Justiça Lidivaldo Britto, já existem provas da participação de policiais militares nos crimes. Hoje, em Salvador, o chefe do MP manteve contato com o governador Jaques Wagner que prometeu se empenhar no sentido de apurar todo o ocorrido em Conquista.
A força-tarefa constituída pelo Ministério Púbico é formada pelos promotores de Justiça integrantes do Gaeco, Ana Rita Nascimento, Paulo Gomes, Gervásio Lopes e Luís Cláudio Cunha Nogueira, que estão atuando em conjunto com os promotores de Justiça Beneval Santos Mutim, Genísia Silva Oliveira e Marcos Almeida Coelho, da Promotoria de Justiça de Vitória da Conquista.
ASCOM/MP
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