Os policiais civis do oeste da Bahia, de acordo com o vice-presidente do Sindpoc, Marcos Maurício de Oliveira, a categoria aderiu em 100% ao movimento grevista deflagrado nesta segunda, dia 08, em todo o estado. Somente estão em funcionamento os serviços considerados essenciais como prisão em flagrante e remoção de cadáveres em residências e vias públicas.
A expectativa dos grevistas, que estão concentrados no Complexo Policial Investigador Bandeira em Feira de Santana, é manter o movimento até que a Assembléia Legislativa aprove a Lei Orgânica "que prevê a organização de toda estrutura da policia civil, desde o abastecimento das viaturas até a prisão em flagrante de envolvidos com o crime organizado", diz Marcos .
Ele reclama que o governo do estado prometeu analisar as propostas encaminhadas pelos policiais como resultado da greve realizada em março. "O governador garantiu enviar este projeto para a Assembléia Legislativa até dia 28 de novembro, só que até agora não cumpriu a promessa".
“A policia existe há 200 anos. Gostaria de esclarecer à população que estamos paralisando nossas atividades por dignidade e por respeito. O policial não tem armas suficientes para trabalhar, cerca de 50% trabalham com armas frias, não temos coletes apropriados, pedimos ganho salarial de 40%, que o governador nos negou e o estado ainda pede paciência", desabafou Maurício.
A comerciante Mary Claudia Jesus Fagundes, 40 anos, esteve no complexo nesta manhã dessa segunda-feira, para registrar uma ocorrência de perda de documento, mas teve de voltar para casa sem o boletim de ocorrência. "Eu fui orientada a fazer o registro pela internet". Sobre a greve, ela disse que é um direito dos trabalhadores em geral "só que a gente normalmente já tem tanta violência, agora com a greve temo que pode ficar pior".
“Ele tem mais é que lutar por uma melhoria de vida, e para nós cidadãos é muito bom, pois pode melhorar o atendimento policial em todo o estado,” encerrou Mary.
Posta por Jorge Magalhães
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