segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Beira-Mar quer voltar ao Rio por saudade da família


A vontade de Fernandinho Beira-Mar voltar a cumprir pena no Rio por causa da distância para a família foi lembrada ontem à noite em sua primeira entrevista desde que foi preso na Colômbia, em 2001. Ele falou para o programa Domingo Espetacular, da Rede Record, e disse que "emocionalmente", gostaria de voltar para a cidade, mas "racionalmente", não. Beira-Mar reclamou que, por causa da distância, quase não consegue ver os 11 filhos.

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Beira-Mar negou que continue comandando atividades criminosas preso, sobre o Regime Disciplinar Diferenciado. "Eu acho que isso aí é a maior ilusão do mundo, que eu continuo controlando o tráfico. Não vou falar que eu sou santo. Então, um jornal pega, bota Fernandinho, cabeçalho grande. Tudo bem. Vende todo jornal", ironizou.

O traficante acusou o colombiano Juan Carlos Abadía pelo fato de estar cumprindo o RDD. Segundo ele, Abadía inventou que ele tenha planejado uma invasão ao presídio e que idealizasse o seqüestro de diversas autoridades. Beira-Mar pediu para ter acesso à Internet - para poder fazer faculdade de Direito à distância - e reclamou do rigor do juiz federal Odilon de Oliveira: "a caneta dele é muito pesada".

Proposta nas mãos do presidente
Em outubro, a utilização da videoconferência em presídios para interrogatórios foi vetada pelo STF. Mês passado, no entanto, a proposta ganhou parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O próximo passo é a análise pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Se queremos nos tornar um país desenvolvido, temos de usar toda a tecnologia disponível", defende o juiz Odilon de Oliveira. A rede nacional de videoconferências para visitas virtuais está sendo implementada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), com previsão de funcionamento pleno para o início de 2009. Para instalar o sistema em 14 Estados e nas penitenciárias federais, o gasto estimado é de R$ 300 mil.


Posta por Jorge Magalhães

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