Delegada pede prisão do acusado de matar mãe e filha em Humilde

Depois de muita expectativa por parte dos familiares e amigos de Nádja Suely Araujo Freitas, 43 anos e da filha Vitória Brandão, 12 anos, a delegada Martine Velloso, titular da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (DEAM) remeteu à Justiça na manhã desta segunda-feira (15/03), o inquérito referente ao crime. Ambas foram assassinadas após uma emboscada na Estrada Velha de Humildes, no dia 27 de agosto de 2009.

No dia 1 de dezembro, a delegada já havia indiciado o comerciante Otávio Passos de Souza como autor intelectual dos assassinatos. Otávio é irmão de João Brandão, esposo e pai das vítimas. A delegada informou que representou pelas prisão preventiva do suspeito.

Na época do indiciamento, a polícia descobriu que os desentendimentos entre Nadja e Otávio eram constantes, especialmente por denúncias feitas por parte da vítima acerca da administração de uma cerâmica de propriedade da família. Em depoimento a delegada, na época, Otávio negou as acusações.

Entretanto Martine Velloso salientou que antes de ser morta, Nadja deixou registrado em uma carta que vinha sofrendo constantes ameaças. “Ela escreveu que se algo lhe acontecesse o Otávio e sua mãe é que eram os responsáveis. Com esses subsídios e outros colhidos através de ouvidas e investigações indiciamos o Otávio como mandante deste crime”, destacou.
De acordo com a delegada, todas as providências com relação ao inquérito já foram tomadas. "Agora está a cargo da Justiça decidir o que deverá ser feito".

O CRIME

A funcionária pública da Secretaria de Desenvolvimento Social, Nadja Suely Araújo Freiras, 43 anos, foi assassinada com sete tiros de pistola .45, na manha do dia 27 de agosto, quando transitava com seu veiculo corsa de placa JLH 2390, licença de Feira de Santana na estrada velha de Humildes.

Nadja Suely levava sua filha Vitória Brandão, 12 anos, para o Colégio Padre Ovídio em Feira de Santana, quando foi surpreendida por dois homens que estavam em um veiculo Fiat Strada, e demais dados não anotados que o carona sacou a pistola e deflagrou os tiros acertando todos no rosto da funcionária pública Nadja e um dos disparos acertou o pescoço de Vitoria Brandão foi socorrida para o Hospital Geral Cleriston Andrade (HGCA), enquanto a sua mãe, não resistiu e morreu no local. 20 dias depois Vitória não resistiu e morreu.