domingo, 6 de novembro de 2011

Cinegrafista da TV Bandeirantes morre durante operação policial


O cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos da Silva, 46 anos, foi morto neste domingo (06/11) enquanto fazia a cobertura de uma operação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) na Favela dos Antares, na zona oeste do Rio de Janeiro, para combater o tráfico de drogas. Seis traficantes foram presos e quatro criminosos foram mortos na operação, que teve início durante a madrugada.

Segundo a PM, o objetivo da operação, que reuniu cem policiais do Bope, "era checar informações da área de inteligência de que líderes do tráfico fortemente armados se reuniam no local". Houve apreensão de armas e drogas.

O cinegrafista foi atingido com um tiro na região do tórax, segundo informou em nota a Secretaria de Estado de Saúde. Ele chegou a ser levado a uma  UPA (Unidade de Pronto-Atendimento), onde chegou às 7h40, já sem vida. Foram feitas tentativas de reanimação, mas sem resultados. O corpo já foi transferido para o IML. 

Em nota, o Grupo Bandeirantes lamentou a morte do cinegrafista e informou que ele estava usando colete à prova de balas, o que é obrigatório para jornalistas que acompanham as operações policiais e permitido pelas Forças Armadas, mas que ele "provavelmente foi atingido por um tiro de fuzil" que teria perfurado o colete. 

Gelson Domingos deixa três filhos, dois netos e mulher. Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT e Record e "sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia", diz a nota da emissora. O enterro do cinegrafista foi marcado para amanhã, no Cemitério do Caju, zona portuária do Rio.

Criminosos presos na Operação
De acordo com a rádio CBN, Domingos ainda teria filmado o traficante que efetuou o disparo contra ele. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio informou que vai usar as imagens feitas pela câmera do cinegrafista para investigar o caso.

A assessoria da Secretaria de Segurança Pública informou que a imprensa não havia sido convocada para acompanhar a operação, devido ao elevado risco envolvido.

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