Continua o sofrimento para quem precisa utilizar a BR-324 para ir à capital baiana ou sair. Em cerca de 80 por cento da pista, buracos e ondulações tornam o percurso muito perigoso. Para completar o sofrimento dos motoristas, as poucas obras quem a Via Bahia vem realizando estão causando gigantescos engarrafamentos.
Uma equipe do Correio Feirense foi à governadoria e a Assembléia Legislativa, por volta do meio dia desta quarta-feira (23/11) e no Km 560, próximo à entrada da Cidade de Terra Nova, funcionários da concessionárias estavam fazendo um tapa buracos no local.
Ao retornar de Salvador, por volta das 19 horas os prepostos estavam no mesmo local e os motoristas tiveram que ter paciência de enfrentar um engarrafamento de cerca de 6Km, como a imagem revela.
Os congestionamentos no local têm sido tão comuns que vendedores de água, pamonha e de outros produtos já fizeram pontos de venda para ganhar um dinheirinho extra.
O que mais chamou a atenção da nossa reportagem foi que em todo o trecho percorrido para ir e vir à capital, não havia uma viatura se quer da Policia Rodoviária Federal (PRF) nem tão pouco da concessionária que vem cobrando dos usuários para dar segurança aos mesmos.
Devido à lentidão das obras na via e aos engarrafamentos diários, que chegam a 15 quilômetros de extensão, mas as condições das pistas de rolagem que estão aquém do que foi previsto no contrato de exploração dos pedágios é que o Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação civil pública contra a Via Bahia.
A ação corre na 1ª Vara Federal de Feira de Santana, sob a responsabilidade do juiz Wagner Mota e pede que a Justiça fixe um calendário com prazo máximo de 30 dias para realização das obras de infraestrutura que estão previstas no contrato.
Em caso de descumprimento da ordem, a empresa pode ser obrigada a pagar multa diária de R$ 50 mil “ou a suspensão da cobrança do pedágio até a comprovação da conclusão [das obras]”.
Em entrevista o deputado estadual Zé Neto (PT), líder do governo na Assembléia, salientou que a qualidade das obras realizadas pela Via Bahia tem que ser observada, diante da degradação precoce de trechos já recuperados. “Alguma coisa foi feita sim, mas muito distante do que precisamos. (...) O asfalto que foi colocado está muito distante [do ideal]. Veio uma chuva e acabou tudo”, reclamou.
O petista destacou ainda que, caso a Via Bahia não cumpra o contrato, outro caminho que pode ser adotado é a rescisão do acordo e a convocação da empresa que ficou em segundo lugar na licitação.
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