terça-feira, 4 de novembro de 2008

Juiz desmarca o julgamento de Mário Murici

Foi desmarcada a data do julgamento do engenheiro agrônomo Mário Murici Santos que iria sentar no banco dos réus. O júri popular, que estava previsto para a próxima quinta-feira (06). O novo júri ainda será marcado conforme uma funcionaria da Vara do Júri e Execuções Penais informou na manhã dessa terça-feira(04).

O agrônomo Mário Murici é réu confesso da morte do odontólogo José Sobreira Filho. O juiz Edvaldo Oliveira Jatobá, segundo informou o cartório, atendeu a um pedido (a funcionária não soube informar de quem partiu o pedido) e suspendeu o júri.

A notícia da suspensão do júri deverá pegar muita gente de surpresa, principalmente a família do odontólogo José Sobreira, que há muita tempo vem cobrando que o réu seja julgado. A nova data do julgamento de Mário Murici ainda não foi anunciada.

MANOBRAS

Os advogados de Mário Murici, Thomas Bacellar da Silva e Leonardo Ribeiro Bacellar da Silva, já tentaram outras manobras judiciais para tentar conseguir anular a sentença de pronúncia, que leva o engenheiro agrônomo ao banco dos réus.

Mas até então eles não tiveram sucesso. No Tribunal de Justiça da Bahia (TJB), por exemplo, a decisão do juiz Paulo Sérgio Barbosa de levar Mário Murici ao banco dos réus, foi mantida.

No dia 24 de maio de 2007 o ex-presidente do TJB, o desembargador Benito Figueiredo, “inadmitiu” o recurso criminal interposto pela defesa do engenheiro agrônomo.
RECURSO

No recurso, a defesa do engenheiro agrônomo pedia pela anulação do processo. Os advogados contestavam o indeferimento do pedido de intimação de uma das testemunhas de defesa, Clovis da Silva Júnior.

A defesa também alegou o indeferimento do pedido de uma nova ouvida para "esclarecimento complementar" aos peritos que subscreveram os laudos periciais que constam nas folhas 118/146 do processo.

Os advogados alegaram ainda que "era inubitável que a prova adjurada traria esclarecimentos necessários à reconstrução da autenticidade história do acontecimento apurado nos autos, sobretudo, tendo-se em linha de conta que não houve testemunhas que tivessem presenciado a indigitada cena".

"CONTRADIÇÕES"

Ainda conforme o recurso, as "dúvidas sobre a perícia" só surgiram nos autos depois de tomados os depoimentos das testemunhas arroladas pela acusadora na fase processual.

A defesa citou "contradições" nos depoimentos José Roberto de Souza e Creuza Batista Madeiro, mãe de Sobreira. As contradições, conforme o recurso, dizem respeito a preservação do local do crime.

O advogado Thomas Bacellar descreveu o trecho onde a mãe de Sobreira afirmou em depoimento que o "médico Francisco Suzart não entrou no quarto onde estava a vítima". Mais adiante, a defesa citou um outro trecho do depoimento, onde o médico teria afirmado ter visto Sobreira de bruço, quando verificou perfurações nas costas e na temporal.

A ação contra o engenheiro agrônomo Mário Murici Santos foi defendida no TJB pelo procurador de Justiça, Carlos Frederico Brito dos Santos.

O CASO

José Sobreira Filho foi assassinado no dia 10 de janeiro de 2002, por volta das 7 horas da manhã. O odontólogo foi morto no interior do apartamento na Clínica Sobreira, localizada na rua Georgina Erisman.

O engenheiro agrônomo Mário Murici, segundo inquérito policial, utilizando-se de um revólver, calibre 38, teria deflagrado dois disparos contra Sobreira.
Posta por Jorge Magalhães

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