A Justiça determinou nesta terça-feira (15) a prisão de João Andrade Neto, dono do site Pura Política. O empresário foi acusado, em 2010, de comandar um esquema de extorsão contra empresários e politicos baianos, dos quais cobrava para não publicar supostas denúncias.
A prisão de João Andrade foi pedida pelo Ministério Público da Bahia e acatada nesta terça pela 9ª Vara Criminal. Após prestar depoimento, o empresário foi transferido para o Presídio Salvador onde deverá ficar preso até o julgamento. Ele vai responder por crime de extorsão.
Segundo consta no processo, João Andrade Neto tentou extorquir sete vítimas: Phillip Ribeiro, João Carlos Cavalcanti, Marcos César Medeiros Guimarães, Marival Dias Filho, Marcelo Guimarães Pessoa, Carlos Suarez e Francisco José Bastos. Ele dizia possuir informações caluniosas, injuriosas e difamatórias contra eles, exigindo determinadas quantias para que as supostas informações não fossem publicadas no site Pura Política.
“Operação Fúria”
A extorsão foi consumada no caso do empresário Phillip Ribeiro, que começou a ser abordado por João Andrade em 12 de julho. Após diversas investidas do dono do Pura Política, que exigia R$ 30 mil e chegou a publicar notas difamatórias contra a vítima no site, Phillip Ribeiro denunciou o acusado à polícia, culminando na 'Operação Fúria' que resultou na prisão de João Andrade em 11 de agosto último.
Neste dia, após combinar que daria parte do dinheiro exigido pelo acusado no aeroporto, Phillip Ribeiro, orientando pela polícia, entregou a quantia de R$ 5 mil a Cléber Teixeira, que foi até o local a mando de João Andrade, e acertou para pagar o restante posteriormente. O funcionário do site era, segundo o MP, a pessoa que coletava os envelopes contendo o dinheiro produto das extorsões.
Outras vítimas
A extorsão também foi consumada em relação à vítima Marival Dias, da qual João Andrade Neto exigia R$ 80 mil, dividida em dez parcelas de R$ 8 mil. Entre abril e maio deste ano, Marival chegou a entregar a quantia de R$ 5 mil ao denunciado, que, posteriormente, passou a exigir mais dinheiro da vítima.
Já em relação à João Castro Cavalcanti, Marcelo Guimarães Pessoa, Carlos Suarez e Francisco Bastos, o dono do site cometeu delitos de extorsão na modalidade tentado, uma vez que esses não lhe entregaram as quantias exigidas.
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