Sete pessoas foram assassinadas na madrugada deste sábado (5) na zona rural de Crisópolis, na região de Alagoinhas. As vítimas - todas do sexo masculino - estavam em cinco motos quando foram surpreendidos pelos criminosos.
De acordo com o delegado regional Ricardo Costa, algumas das vítimas têm passagem pela polícia. Segundo o delegado, "ainda é cedo para dizer o motivo dos crimes".
Cerca de 30 agentes foram deslocados de Salvador para auxiliar na investigação da chacina. Equipes da Delegacia de Homicídios e da Superintendência de Inteligência, em Salvador, foram enviadas ao local. Também foram enviadas duas equipes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) para realizar a remoção dos corpos.
Famílias querem justiça
A demora de Ailton Moraes da Silva, 16 anos, em voltar para casa preocupou seus pais, os lavradores Antônio José da Silva, 55, e Genivalda Moraes Alves, 50. A notícia da morte do filho veio por telefone. “Foi assim que ficamos sabendo. Essa tragédia abalou o nosso mundo. Meu filho não andava com malandragem. Além de estudar, ele trabalhava comigo. Me acabei chorando que já não tenho mais lágrimas”, lamenta o pai do adolescente.
No momento do crime, Ailton correu para a casa de Abelardo e se escondeu debaixo da cama, mas foi arrastado para fora do imóvel. “Ele ia dormir aqui porque já estava tarde para voltar para casa e no sábado ia trabalhar”, lembra a esposa de Abelardo, a lavradora Teresa Dantas, 41.
Já Evanildo Dantas, 20 anos, deixaria o povoado de Genipapo nos próximos dias. “Ele ia trabalhar de pedreiro em Alagoinhas daqui a 20 dias. Em agosto se apresentaria no Exército. Meu filho era um ‘tipão’. Nunca tive nenhuma queixa sobre o comportamento dele”, atesta a mãe, a lavradora Evalda Dantas, 41. O pai da vítima, o lavrador José João Bispo dos Santos, 53, quer providências. “Não vamos deixar a morte do meu filho passar assim. Ele era um menino excelente, se dava bem com todos e foi morto injustamente”.
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