Desde a ultima segunda-feira (22/11), 34 pessoas morreram durante confrontos na megaoperação que a polícia realiza em comunidades para combater a onda de violência no Estado. Ao todo, 62 foram presos e 122 foram detidos.
A Polícia Militar contabiliza 23 mortes nas operações, mas informações extraoficiais dão conta de que 27 pessoas morreram nos confrontos desde o começo da semana. A Polícia Civil informou que sete pessoas morreram durante operação no morro do Jacarezinho, com mais de 100 agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e delegacias especializadas.
No quinto dia de ataques, 55 veículos foram queimados ao todo. Vinte e uma pessoas foram internadas desde ontem com ferimentos provocados por balas e granadas.
A PM apreendeu garrafas com gasolina, que seriam usadas para colocar fogo em automóveis, além de dinamite e material inflamável. Ontem, foram encontrados fuzis, drogas, metralhadoras, espingardas e um coquetel molotov.
Entre as vítimas está a estudante Rosângela Barbosa Alves, 14. Ela foi baleada durante confronto entre a Polícia Militar e traficantes na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, zona norte do Rio.
Na tarde desta quinta-feira (25/11), nove blindados da Marinha entraram na Vila Cruzeiro, na zona norte. Cerca de 150 policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais) participam da operação, de deve ser reforçada por mais cem policiais civis, além dos que já estão na favela.
Entenda os ataques
Uma onda de violência assola o Rio de Janeiro desde o último domingo (21), quando criminosos começaram uma série de ataques e incendiaram veículos.
Na segunda-feira, as autoridades fluminenses consideraram os ataques uma resposta à política de ocupação de favelas por UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e à transferência de presos para presídios federais. A intenção seria colocar medo na população.
Assaltantes fugindo da policia
A polícia investiga se os ataques estão sendo orquestrados pelas facções criminosas Comando Vermelho e ADA (Amigos dos Amigos). Na quarta-feira, oito presidiários foram transferidos do Rio para o presídio de segurança máxima em Catanduvas (PR).
A polícia investiga se os ataques estão sendo orquestrados pelas facções criminosas Comando Vermelho e ADA (Amigos dos Amigos). Na quarta-feira, oito presidiários foram transferidos do Rio para o presídio de segurança máxima em Catanduvas (PR).
Desde o começo da semana, uma megaoperação está sendo feita em diversas comunidades da capital, sendo a Vila Cruzeiro, no subúrbio do Rio, o local com combates mais intensos.
Uma determinação do comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte, obrigou todos os policiais de folga a retornar para seus batalhões. A Marinha foi enviada para ajudar no combate e o governo federal enviou reforço da Polícia Rodoviária Federal.
Grande quantidade de armas e drogas estão sendo apreendidas diariamente. A operação em resposta aos crimes não tem data para acabar, informam as autoridades.
Blindados
O veículo blindado M113, de fabricação norte-americana, é um dos equipamentos bélicos há mais tempo em operação na sua categoria. Foi utilizado pela primeira vez pelas tropas dos EUA no Vietnã, em 1962, e portanto está em uso há quase 50 anos.
O M113, na versão padrão, pode levar até 13 soldados, pesa cerca de 12 toneladas e é acoplado com uma metralhadora calibre 0.50 no topo. A função do modelo, usado pelos batalhões de infantaria mecanizada em diversos países, é não apenas transportar tropas, mas também abrir caminho
O M113 foi desenvolvido pelo complexo militar-industrial dos EUA após o trauma da Guerra da Coreia (1950-1952), quando as forças americanas e sul-coreanas tiveram dificuldades ao enfrentar os pesados tanques norte-coreanos, fornecidos pelos soviéticos. Em menos de dez anos, os EUA desenvolveram toda uma geração de blindados que seriam aplicados nos conflitos em que o país se envolveria nas décadas seguintes, como o Vietnã (1961-1975), a intervenção no Panamá (1989) e a Guerra do Golfo (1991).
O M113 foi desenvolvido pelo complexo militar-industrial dos EUA após o trauma da Guerra da Coreia (1950-1952), quando as forças americanas e sul-coreanas tiveram dificuldades ao enfrentar os pesados tanques norte-coreanos, fornecidos pelos soviéticos. Em menos de dez anos, os EUA desenvolveram toda uma geração de blindados que seriam aplicados nos conflitos em que o país se envolveria nas décadas seguintes, como o Vietnã (1961-1975), a intervenção no Panamá (1989) e a Guerra do Golfo (1991).
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