A delegada titular 28ª Delegacia (Nordeste de Amaralina), Jussara Souza, anunciou hoje (16) a conclusão do inquérito da morte do garoto Joel Conceição Castro, ocorrida no dia 21 de novembro deste ano. O documento será encaminhado ao Ministério Público e tem em anexo laudos do Departamento de Polícia Técnica, inclusive o de Balística Forense, que aponta haver sido disparado pela arma do Soldado PM Eraldo Meneses, o projétil que atingiu o garoto.
O soldado Eraldo Meneses, além de se encontrar afastado dos serviços da corporação, também responde a uma sindicância aberta pela Polícia Militar para apurar o caso administrativamente, o que poderá resultar em sua expulsão. De acordo com o secretário César Nunes, a colaboração da Polícia Militar foi imprescindível para a celeridade na finalização do inquérito instaurado pela Polícia Civil, que ficou pronto antes do prazo mínimo estabelecido.
“Nós da Secretaria da Segurança Pública, Polícia Civil e Militar, jamais admitiremos qualquer tipo de comportamento corporativista”, concluiu o secretário. Dois soldados que participaram da abordagem foram identificados pelo pai da vítima e também serão indiciados por omissão de socorro. De acordo com a delegada Jussara Souza não havia indícios de ter havido um tiroteio no local.
Ainda segundo ela, os estojos foram recolhidos do local do crime e levados para análise no DPT e pertenciam às armas dos policiais. “Todos os estojos recolhidos foram deflagrados pelas armas dos militares e chegamos ao soldado Eraldo como autor do disparo que vitimou Joel, através das provas subjetivas, representadas pelos depoimentos dos moradores e familiares da vítima e das provas objetivas, constituídas pela prova material apresentada através dos laudos do DPT”, explicou.
PERICIA
A perícia realizada pelo Departamento de Polícia Técnica de Salvador sobre a morte do menino Joel da Conceição Castro, de 10 anos, apontou que a arma utilizada no crime é do policial Eraldo Menezes de Souza, que trabalhava na corporação há 14 anos.
O secretário de Segurança Pública, César Nunes, foi à 28ª delegacia do bairro pessoalmente nesta manhã para verificar o resultado e os procedimentos que serão adotados após a nova evidência. No total, nove policiais participavam da operação que teve como consequência a morte de Joel, no último dia 21 de novembro. Inicialmente, os PMs haviam informado que participavam de uma troca de tiros com traficantes.
Dois deles ainda vão responder por omissão de socorro, pois o pai da criança os reconheceu como os policiais que se negaram a levar o menino ao hospital após os disparos. Os policiais estão afastados das ruas e a arma que matou Joel era uma pistola ponto 40.
Nenhum comentário:
Postar um comentário