O policial civil Evaristo Santana Filho, de 40 anos, afastado por matar a estudante do curso de direito Luciana Machado Souza, 29, não compareceu para prestar depoimento nesta sexta-feira, 29, na Corregedoria Geral da Polícia Civil.
O advogado do policial, Vivaldo Amaral, afirmou que Evaristo está tomando medicamento e está psicologicamente sem condições de falar sobre o caso. O crime aconteceu na noite deste domingo, 24, três dias após o casamento, na residência onde a vítima e o acusado moravam, na cidade de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Luciana foi assassinada na frente das duas filhas (com idades de 5 e 11 anos).
O investigador, lotado na Coordenação de Operações Especiais (COE), foi afastado da atividade policial pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/BA) na quarta, 27. A portaria que ordenou seu afastamento também determinou o recolhimento de sua arma, cédula de identidade policial e do distintivo.Reunião - Na manhã desta sexta, o secretário de Segurança Pública, César Nunes, recebeu em seu gabinete, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), um grupo de mulheres representantes do combate à violência contra a mulher.
Além da União Brasileira de Mulheres, Liga de Mulheres de Salvador e União de Negros (Unegro), a Deputada Federal Alice Portugal e as vereadoras Olívia Santana e Vânia Galvão estiveram presentes na reunião. O objetivo do encontro é cobrar um posicionamento de César Nunes referente à prisão do policial Evaristo Santana Filho.
Na reunião, Nunes disse que tanto como pessoa, quanto como secretário, está disposto a colaborar como possível para que o combate à violência de modo geral seja feito. Acerca da prisão de Evaristo, Nunes declarou que não cabe essa decisão a Secretaria, mas sim a justiça, onde o caso já foi encaminhado.
"Eu sei que é emblemático, mas é muito difícil", disse o secretário se referindo ao policial, que se livrou do flagrante por ter se apresentado 24h após o crime. Alice Portugal defendeu também que existe outras formas de violência contra as mulheres, inclusive no Carnaval de Salvador, quando os homens formam corredores e apalpam várias partes do corpo, constrangendo-as.
A deputada pediu ao secretário que faça uma campanha para coibir esse tipo de ação por parte do público masculino na folia, pois, segundo ela, também é uma forma de agressão à mulher.
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