Investigado na Operação Expresso por suspeita de envolvimento no esquema de propina na Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), para o favorecimento de empresas de transporte público, o advogado Carlos Eduardo Villares Barral, coordenador do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Steps), foi preso sob acusação de pedofilia, na manhã desta sexta-feira, 8. Fotos com crianças nuas, em poses eróticas, foram encontradas no computador dele, apreendido durante a operação, no dia 24 de novembro.
Carlos Barral foi preso, em sua residência, na Mansão Carlos Costa Pinto, no Corredor do Vitória, por volta das 6h desta sexta-feira. Ele foi encaminhado para o Centro de Operações Especiais da Polícia Civil (COE), no Aeroporto, onde está sendo interrogado. Após a apreensão do computador de Barral, em novembro passado, os advogados dele ingressaram com uma liminar para tentar impedir a perícia no equipamento, alegando que tinha arquivos de fotos de sua família. A justiça determinou que não fossem observadas fotos particulares, mas que a polícia investigasse provas de atuação criminosa.
O advogado já tinha sido preso durante a Operação Expresso, em novembro, porque os investigadores encontraram um revólver sem registro em seu escritório, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão. Ele vinha sendo investigado por suspeita de participação no esquema de propina dentro da Agerba, onde foram presos Antônio Lomanto Netto, ex-diretor executivo do órgão e mais sete pessoas.
A prisão temporária do advogado foi decretada na última quinta-feira, 7, pela juíza Ana Queila Loula, substituta na 1ª Vara Criminal da comarca de Salvador, a pedido dos delegados Edenir Macedo e Jardel Perez, que atuam na Operação Expresso. A polícia representou contra Carlos Barral depois que uma perícia realizada pela Polícia Federal encontrou as fotos no computador dele.
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