A polícia desarticulou uma quadrilha de seqüestradores liderada pelo bandido José Carlos Ferreira, 30 anos, interno da Penitenciária Lemos Brito (PLB), conhecido também pelos apelidos de “Cabeça” e “Zóio de Gato”. Na cela de onde comandava as ações do bando, foram apreendidos maconha, navalhas, cadernos com anotações, e encontrado um buraco que dava acesso à cela vizinha.
O bando realizou dois seqüestros recentemente, em dezembro do ano passado e outro no dia 27 de janeiro, este último tendo como vítima um morador de Lauro de Freitas. As duas vítimas foram libertadas depois de negociação e pagamento de resgate.
Na “Operação Sentinela”, deflagrada pela Coordenação de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil, foram presas quatro mulheres, um taxista e um foragido da Delegacia de Catu, que portava uma pistola calibre 380. Ainda foi apreendido um adolescente de 15 anos, encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude.
O secretário da Segurança Pública, César Nunes, ressaltou a importância da prisão de todos os integrantes da quadrilha, que, além de seqüestros, tinha envolvimento com o tráfico de drogas e assaltos na capital e interior. “Realizamos uma operação com total respaldo da Justiça e conseguimos tirar de circulação uma perigosa gangue que aterrorizava a população”, declarou.
Funcionamento
Ítala Jéssica Neves, Jailene Feliciano dos Santos e outra mulher apelidada de “Paty”, todas garotas de programa, se aproximavam das futuras vítimas, as seduziam e iniciavam um tipo de relação. Mapeavam toda a rotina da pessoa e passava as informações para “Cabeça”, que planejava todos os passos da quadrilha.
Dalila de Jesus, grávida de sete meses, tinha como função abrigar o foragido André Luís Santana. Já o taxista Alan Santos era responsável pelo transporte dos integrantes do bando, de drogas e de toda a parte logística, enquanto o adolescente tomava conta das vítimas no cativeiro.
O coordenador do COE, delegado Jardel Peres de Azevedo, lembrou que hoje na Bahia não existe seqüestro em andamento e que isso se deve ao trabalho integrado feito pelas polícias e a Superintendência de Inteligência da SSP. “Essa quadrilha se preparava para assaltar uma joalheria no Centro Histórico e, com muito êxito, conseguimos impedir mais uma ação criminosa”, disse.
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