quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Interno da PLB comandava sequestradores

A polícia desarticulou uma quadrilha de seqüestradores liderada pelo bandido José Carlos Ferreira, 30 anos, interno da Penitenciária Lemos Brito (PLB), conhecido também pelos apelidos de “Cabeça” e “Zóio de Gato”. Na cela de onde comandava as ações do bando, foram apreendidos maconha, navalhas, cadernos com anotações, e encontrado um buraco que dava acesso à cela vizinha.


O bando realizou dois seqüestros recentemente, em dezembro do ano passado e outro no dia 27 de janeiro, este último tendo como vítima um morador de Lauro de Freitas. As duas vítimas foram libertadas depois de negociação e pagamento de resgate.


Na “Operação Sentinela”, deflagrada pela Coordenação de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil, foram presas quatro mulheres, um taxista e um foragido da Delegacia de Catu, que portava uma pistola calibre 380. Ainda foi apreendido um adolescente de 15 anos, encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude.


O secretário da Segurança Pública, César Nunes, ressaltou a importância da prisão de todos os integrantes da quadrilha, que, além de seqüestros, tinha envolvimento com o tráfico de drogas e assaltos na capital e interior. “Realizamos uma operação com total respaldo da Justiça e conseguimos tirar de circulação uma perigosa gangue que aterrorizava a população”, declarou.



Funcionamento



Ítala Jéssica Neves, Jailene Feliciano dos Santos e outra mulher apelidada de “Paty”, todas garotas de programa, se aproximavam das futuras vítimas, as seduziam e iniciavam um tipo de relação. Mapeavam toda a rotina da pessoa e passava as informações para “Cabeça”, que planejava todos os passos da quadrilha.


Dalila de Jesus, grávida de sete meses, tinha como função abrigar o foragido André Luís Santana. Já o taxista Alan Santos era responsável pelo transporte dos integrantes do bando, de drogas e de toda a parte logística, enquanto o adolescente tomava conta das vítimas no cativeiro.


O coordenador do COE, delegado Jardel Peres de Azevedo, lembrou que hoje na Bahia não existe seqüestro em andamento e que isso se deve ao trabalho integrado feito pelas polícias e a Superintendência de Inteligência da SSP. “Essa quadrilha se preparava para assaltar uma joalheria no Centro Histórico e, com muito êxito, conseguimos impedir mais uma ação criminosa”, disse.


Posta por Jorge Magalhães

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