domingo, 26 de setembro de 2010

Assassino do apresentador de TV Jorge Pedra confessa outro homicídio


 Seis meses após ter assassinado, em Salvador, o apresentador de televisão Jorge Pedra, o garoto de programa Emerson Neves de Jesus, 19 anos, matou um traficante em Feira de Santana, um dos locais onde esteve escondido desde a morte do apresentador. 

Nesta sexta-feira (24/09), ao ser apresentado à imprensa pelo secretário da Segurança Pública, César Nunes, e o delegado geral da Polícia Civil, Joselito Bispo da Silva, no auditório da PC, na Praça da Piedade, ele confessou a autoria dos dois crimes, tendo detalhado as circunstâncias da morte do apresentador do programa “Fama e Sucesso”.
  
O apresentador foi morto a facadas no quarto de um hotel situado no Largo Dois de Julho, no dia 1ª de novembro do ano passado. Após o crime, Emerson Neves refugiou-se na casa de um amigo, em Feira de Santana, onde também matou, em maio deste ano, um traficante que, segundo ele, queria cooptá-lo para a venda de drogas. 

A Justiça de Feira havia expedido um mandado de prisão preventiva contra Emerson, que desde quinta-feira (23) está custodiado na 1ª Delegacia, no Complexo Policial dos Barris. O delegado Antônio Fernando do Carmo, titular da 1ª CP, informou que depois da morte do traficante - a identidade não foi relevada - Emerson fugiu para a casa de uma tia, em Pernambuco, tendo retornado à Bahia há três meses. 

Na quinta à tarde, o homicida foi reconhecido por investigadores da 1ª CP quando discutia nas imediações da unidade policial com seu companheiro. O rapaz, com o qual mantinha um relacionamento homoafetivo há três anos, acusava Emerson de ter subtraído certa quantia em dinheiro de seu apartamento, situado no bairro da Federação.
Retrato falado - Para o delegado Joselito Bispo, a qualidade do retrato falado do homicida, confeccionado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), foi essencial para que a equipe incumbida da investigação do assassinato de Jorge Pedra o reconhecesse. “Trata-se de uma ferramenta técnica extremamente importante para a elucidação de crimes e, neste caso, a imagem era fiel à aparência do assassino”. A tatuagem de uma índia no braço de Emerson também auxiliou no seu reconhecimento.
O secretário César Nunes, que coordenou a apresentação do homicida, informou que o material recolhido na cena do crime como sêmen encontrado na cueca da vítima, “constitui uma prova robusta, que será analisada pelo laboratório forense no Departamento de Polícia Técnica”. Emerson segue custodiado no Complexo Policial dos Barris.

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