Os detentos da Penitenciária Lemos Brito (PLB), no bairro da Mata Escura, fazem rebelião desde o início da tarde deste domingo (7). Os presos mantém reféns 177 familiares, dentre eles 51crianças, que estavam em visita no local. Dois funcionários do presídio, Avelino Silva e João Almeida, também estão entre os reféns.
O Superintendente de Ações Penais do Estado da Bahia, Coronel Francisco Leite, informou que a rebelião ocorre nos pavilhões 2 e 5 e um negociador tentou conversar com os internos durante o dia. Os policiais aguardavam o fim do horário de visitas às 16h30 para confirmar a rebelião. Com o fim da visitação, apenas os familiares dos módulos 2 e 5 não saíram do local.
Por volta das 17h40, um carro do Corpo de Bombeiros entrou na PLB. Agentes penitenciários que não quiseram se identificar disseram que os internos construíram uma pilha de lençóis e colchões e ameaçaram atear fogo no local.
As negociações foram suspensas às 18h30 e devem ser retomadas na manhã de segunda-feira (8), segundo Leite. Ele não descartou a possibilidade de cortar a água e a luz dos módulos onde estão os rebelados durante a noite.
ReclamaçõesEm carta entregue à imprensa na entrada da PLB, os internos do módulo 2 reclamam da administração do atual gestor da PLB, Isidoro Orge Rodrigues, que seria 'linha dura' e não estaria aberto ao diálogo com os presos.
Eles também reclamam da transferência de internos na última semana para a Unidade Especial Disciplinar e pedem a volta de André Francisco, o Bilu, e Edson Conceição, caracterizados como 'líderes positivos'.
A transferência de detentos foi feita após determinação da juíza da Vara de Execuções Penais, Andremara dos Santos, na última quarta-feira (3). Dentre os internos da Lemos Brito que foram transferidos, estava Raimundo Alex de Souza, o Ravengar.
Posta por Jorge Magalhães
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