segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Exumação deve elucidar suposto crime entre irmãos


O juiz Edvaldo Oliveira Jatobá acatou o pedido do defensor público, Alex Raposo dos Santos, e concedeu a realização da exumação do corpo de Francisco José da Silva – assassinado no dia 13 de agosto de 2007.

A exumação deve esclarecer a dúvida em relação ao homicídio atribuído a José Luciano da Silva, 30 anos, acusado de matar o próprio irmão. Luciano, nega a autoria do crime, alegando que o corpo sepultado não é do irmão dele e sim de outra pessoa e que o irmão está vivo.

José foi denunciado como autor do crime pelo Ministério Público (MP), no dia 31 de outubro do ano passado. Segundo o MP, o acusado atirou contra dois irmãos, José André da Silva e Francisco José da Silva, este último não resistiu aos ferimentos e morreu.

Segundo o MP, o crime foi motivado por uma disputa judicial por herança deixada pelo pai dos envolvidos que chega a um valor estimado em mais de dois milhões de reais.


A exumação está prevista para ser iniciada às 15 horas desta terça-feira (16). O corpo de Francisco José da Silva foi sepultado no cemitério São Jorge, no bairro Sobradinho. As despesas do exame vão ser custeadas pela família do acusado e fica em torno de R$ 7 mil.

GREVE DE FOME

A esposa de Luciano, a odontologa, Tatiane Dantas Duque, 30 anos e o irmão de José o comerciante Marcos Paulo da Silva, realizaram uma greve de fome 20 de maio de 2008, na porta do Presídio regional de Feira de Santana

A intenção era chamar a atenção da imprensa e da Justiça sobre a prisão de José Luciano da Silva, 30 anos. Segundo os familiares na época , José Luciano foi preso injustamente e há um ano vem sendo confundido por outra pessoa de pré-nome “José”.

“Meu marido responde por um crime que não cometeu. Há mais de um ano José Luciano está recolhido no conjunto Penal. Ele foi acusado injustamente temos provas disso e não estão nos dando à oportunidade de provar tudo”, reclamava Tatiana Dantas, esposa do acusado no período da greve de fome.

Em frente ao presídio, debaixo de sol e chuva eles permaneceram por vários dias e só agora a justiça acatou o pedido do defensor do acusado.

Posta por Jorge Magalhães

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