A Polícia Civil entrará em greve, por tempo indeterminado, a partir dessa segunda-feira(8), em toda a Bahia. A decisão foi acertada nessa quinta-feira(4), em assembléia com a categoria. Entre as motivações da paralisação, estão a não aprovação da Lei Orgânica da Polícia Civil.
Durante o período de greve, conforme determina a lei, apenas os serviços essenciais estarão funcionando, entre eles o registro de queixas, levantamentos cadavéricos e serviços de investigação. Conforme decisão da categoria, o término da greve só ocorrerá após a aprovação do projeto de lei.
O presidente do Sindicato da Polícia Civil da Bahia (Sindpoc), Carlos Lima, durante assembléia que ocorreu na manhã desta quinta-feira, no auditório da Associação dos Funcionários Públicos da Bahia, anunciou a greve, que teve aprovação unânime da categoria e compareceu em massa para partilhar a decisão.
"Nós estamos fazendo aqui o nosso papel de lutar pelos direitos da nossa categoria. Posso afirmar que a Lei Orgânica representa um renascimento para a Policia Civil na Bahia e vai oferecer toda uma estrutura e condições mais dignas de trabalho. Com essa aprovação, vamos oferecer uma certidão de nascimento profissional aos policiais e condições para exercer um trabalho digno", defendeu o presidente.
O vice-presidente do Sindpoc, Marcos Maurício de Oliveira, durante assembléia, falou que o sindicato existe para defender todos os interesses da categoria e, em especial, a aprovação da Lei Orgânica, além de outras reivindicações como a perda salarial dos policiais, acumulada em 98%.
“A policia existe há 200 anos. Gostaria de esclarecer à população que estamos paralisando nossas atividades por dignidade e por respeito. O policial não tem armas suficientes para trabalhar, cerca de 50% trabalham com armas frias, não temos coletes apropriados, pedimos ganho salarial de 40%, que o governador nos negou e o estado ainda pede paciência", desabafou Maurício.
Também presente no encontro, o deputado estadual capitão Tadeu apoiou a decisão dos policiais. "Entre o governo e os policiais, eu fico com a causa dos policiais. O meu compromisso, em primeiro lugar, é com a minha consciência e, depois, com a causa dos policiais. Acredito que a aprovação dessa lei é possível sim! Acredito que ela vai beneficiar, e muito, a categoria. Eu apoio qualquer decisão nesse sentido".
Durante o período de greve, conforme determina a lei, apenas os serviços essenciais estarão funcionando, entre eles o registro de queixas, levantamentos cadavéricos e serviços de investigação. Conforme decisão da categoria, o término da greve só ocorrerá após a aprovação do projeto de lei.
O presidente do Sindicato da Polícia Civil da Bahia (Sindpoc), Carlos Lima, durante assembléia que ocorreu na manhã desta quinta-feira, no auditório da Associação dos Funcionários Públicos da Bahia, anunciou a greve, que teve aprovação unânime da categoria e compareceu em massa para partilhar a decisão.
"Nós estamos fazendo aqui o nosso papel de lutar pelos direitos da nossa categoria. Posso afirmar que a Lei Orgânica representa um renascimento para a Policia Civil na Bahia e vai oferecer toda uma estrutura e condições mais dignas de trabalho. Com essa aprovação, vamos oferecer uma certidão de nascimento profissional aos policiais e condições para exercer um trabalho digno", defendeu o presidente.
O vice-presidente do Sindpoc, Marcos Maurício de Oliveira, durante assembléia, falou que o sindicato existe para defender todos os interesses da categoria e, em especial, a aprovação da Lei Orgânica, além de outras reivindicações como a perda salarial dos policiais, acumulada em 98%.
“A policia existe há 200 anos. Gostaria de esclarecer à população que estamos paralisando nossas atividades por dignidade e por respeito. O policial não tem armas suficientes para trabalhar, cerca de 50% trabalham com armas frias, não temos coletes apropriados, pedimos ganho salarial de 40%, que o governador nos negou e o estado ainda pede paciência", desabafou Maurício.
Também presente no encontro, o deputado estadual capitão Tadeu apoiou a decisão dos policiais. "Entre o governo e os policiais, eu fico com a causa dos policiais. O meu compromisso, em primeiro lugar, é com a minha consciência e, depois, com a causa dos policiais. Acredito que a aprovação dessa lei é possível sim! Acredito que ela vai beneficiar, e muito, a categoria. Eu apoio qualquer decisão nesse sentido".
Um dos policiais presentes no encontro, que não quis se identificar por medo de represálias, analisa a questão da greve e falou sobre a Lei Orgânica, que, para ele, além de ser a identidade dos policiais é um sonho da categoria.
“O governo nos traiu! Tentamos negociar a aprovação da lei – que vai valorizar e oferecer dignidade ao profissional – desde o mês de abril, mas nada acontece. Nosso estatuto é de 1976, em pleno auge da Ditadura Militar, e não acompanhou a evolução dos tempos. Policiais estão morrendo porque a condição salarial não permite que ele tenha uma moradia decente”, avaliou o civil.
Ainda estiveram presentes na assembléia Bernardino Gayoso, secretário do Sindpoc; Valmir Maia, delegado de polícia e um dos coordenadores da Comissão de Lei Orgânica; Natalino, escrivão da polícia; Cláudio Lima, perito técnico; e o presidente da Associação dos Funcionários Públicos, Armando Campos.
LEI ORGÂNICA
Principal item na mesa de discussões da assembléia, a Lei Orgânica – que vai beneficiar toda a sociedade baiana e as famílias de cerca de cinco mil policiais – pretende, de acordo com Lima, definir melhorias na atuação da Polícia Civil. Composto por mais de 130 artigos, o projeto prevê, entre outras coisas, propor um serviço mais qualificado para a sociedade ao oferecer melhores condições de trabalho aos policiais.
"Vamos pedir o encaminhamento e aprovação da Lei Orgânica em regime de urgência. Todos nós temos ciência que existe um lobby fortíssimo para a não aprovação, principalmente por parte do secretário Ruy Castro, que tenta barrar essa aprovação. Representantes da oposição no governo já garantiram a aprovação do nosso projeto sem formalidades", denunciou o presidente.
Conforme o presidente do Sindpoc, o governo se comprometeu em referendar a Lei Orgânica e enviar à Câmara no final do mês de novembro, porém, até o momento, não cumpriu o acordo firmado com o sindicato e os trabalhadores, o que motivou a greve. "Pretendemos aprovar o projeto de lei ainda esse ano. Enquanto isso não ocorrer, a greve continua", avaliou Lima.
Posta por Jorge Magalhães
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