O assassino confesso do dentista Osvaldo Magnino, 56 anos, prestou declarações à Polícia Civil duas vezes, na noite de terça-feira e ontem à tarde. O desempregado Kayo Rodrigo de Jesus, 20, chorou e alegou estar arrependido do crime hediondo que cometeu. Ele disse que “acha justo o que vai passar de agora para frente e se pudesse voltar atrás, não mataria Osvaldo”.
A equipe da Delegacia de Crimes Contra a Vida localizou o corpo do dentista anteontem à noite no lugar indicado pelo autor, a cerca de 22 quilômetros da cidade. Após acertar um tiro na cabeça da vítima, Kayo o arrastou cerca de 30 metros para dentro de uma mata fechada, a aproximadamente 500 metros da BR-262, sentido Campo Florido. Osvaldo estava desaparecido desde a noite do dia 27 de novembro.
A família de Kayo mora em Veríssimo, mas ele estava residindo em uma república, situada na rua Patos, bairro Abadia. Nas declarações, ele contou detalhes de como tudo aconteceu. Segundo o rapaz, há cerca de dois meses voltava do trabalho, quando teria sido abordado por Osvaldo, que lhe ofereceu uma carona e depois o deixou em casa.
Segundo Kayo, durante o trajeto, o dentista demonstrou interesse em sair com ele, mas, como estava cansado, apenas trocaram números de telefones. Uma semana depois, vítima e autor se encontraram em uma boate, onde novamente o desempregado disse que recusou um convite para sair. De acordo com ele, sempre via Osvaldo sozinho.
Na versão de Kayo, há cerca de 30 dias ligou para o dentista e se encontraram em uma pizzaria da cidade. Neste dia, a vítima teria passado o endereço de uma casa que alugava “perto da Santos Dumont”, onde se encontraram por volta de 20h do dia 27 de novembro (quinta-feira). Este seria o quarto e último encontro.
Kayo confirmou que se dirigiu para o local armado com uma pistola, com o objetivo “apenas de ameaçar o dentista e pegar dinheiro”. Como Osvaldo estava sozinho, o autor o obrigou a se deitar sobre a cama, onde amarrou seus braços e pernas, utilizando uma coleira de cachorro. Depois desligou o telefone celular do morador.
Segundo o assassino, a vítima o ameaçou, dizendo que “podia pegar tudo o que queria, mas a polícia iria pegá-lo de qualquer jeito, pois já sabia tudo sobre a sua vida”. Ele contou ter ficado nervoso e pensou em levar Osvaldo para longe e depois fugir. Depois mudou de idéia e exigiu a senha do banco, negando ter agredido a vítima para consegui-la.
Kayo, então, pegou o carro de Osvaldo (uma perua Escort) e seguiu para o caixa eletrônico do Terminal Rodoviário, onde sacou R$ 100. Ele lembrou que ao retornar para a casa, um homem gritou para que parasse o veículo, mas fugiu em alta velocidade. Era um dos irmãos de Osvaldo, que reconheceu o carro.
Assim que chegou à residência, o dentista disse que estava com sede e pediu água, sendo posteriormente colocado no banco de trás do veículo, ainda amarrado e sem camisa, pois havia reclamado do calor. Ambos seguiram para a rodovia, segundo o desempregado, com a finalidade de encontrar um lugar para abandonar o dentista.
Postada por: Daniella Simões
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