sexta-feira, 15 de julho de 2011

Homem que matou e enterrou companheira é preso


Policiais do Serviço de Investigação da Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (DEAM), sob a chefia da investigadora Dênia Dias, com apoio dos policiais Jailson e Ubiracy, prenderam Ednaldo Ferreira, 35, na tarde desta quinta-feira (14/07). 

Ele confessou ter matado a sua companheira, Maria Cristina Santos, e a enterrado dentro da própria casa, em janeiro deste ano. O casal morava na invasão Chico Pinto, no bairro Aviário. O corpo de Maria Cristina só foi resgatado no dia 23 de abril.

Segundo a polícia, os agentes da DEAM já estavam investigando Ednaldo há meses. Mas, antes que a polícia lhe encontrasse, ele mesmo, na tarde de ontem, foi à delegacia. Sua ida à DEAM não foi para se entregar, mas como testemunha de uma mulher que teria apanhado do companheiro.

Ao digitar o nome da testemunha no sistema da DEAM, os investigadores constataram que o rapaz era foragido. Ednaldo percebeu a desconfiança e tentou fugir, mas logo foi pego pelos policiais e reconduzido para a Delegacia da Mulher. Agora na condição de detento.

Já na delegacia, Ednaldo detalhou, friamente, à reportagem como e porquê matou Maria Cristina. “Ela sempre viajava para Salvador e me ligava constantemente, falando ‘meu amor, como você está?’. Mas da última vez ela viajou e demorou de ligar. Quando ligou, apenas falou: ‘Ednaldo, tal dia vou aí lhe ver’. Eu falei: certo”.

O dia chegou. Ednaldo diz não lembrar qual, mas afirma que foi em janeiro de 2011 que sua companheira voltou a ligar, dizendo que naquele dia estava indo vê-lo e pediu para ele ir buscá-la no ponto. “Eu fui”, disse ele. “A peguei e fomos pra casa. Lá pedi pra ela falar a verdade se estava me traindo. Ela respondeu: “Eu vou lhe explicar. Ela tirou a roupa e me chamou para namorar, mas percebi que ela estava mesmo me traindo”. Sem demonstrar nenhum arrependimento, Ednaldo concluiu seu discurso: “Então, não contei conversa, peguei a faca e dei várias facadas no corpo dela, depois a enterrei num buraco, que cavei para fazer uma fossa”.

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