O corpo do juiz Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro, 38 anos, substituto da Comarca de Camamu, assassinado neste sábado (10/07), à queima-roupa por um policial militar em serviço, foi enterrado no final da tarde deste domingo (11/07), no cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, Salvador.
Familiares, amigos e colegas de trabalho deram o último adeus ao magistrado e reafirmaram que, além de ser uma pessoa calma e tranquila, não acreditam na versão contada pelo policial.
A presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Tema Brito, esteve presente no sepultamento do juiz, mas não quis falar com a imprensa. Já a presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), Nartir Weber, disse que a entidade sente com pesar a morte e que Carlos Alessandro era atuante e compromissado com a Justiça.
O Crime – De acordo com depoimento do soldado da Polícia Militar (PM) acusado pelos disparos, Daniel dos Santos Soares, lotado na 35ª Companhia Independente da PM, ele atirou contra o juiz após ter parado seu veículo próximo ao Centro Empresarial Iguatemi neste sábado, 10, por solicitação do próprio magistrado, que teria descido do carro armado.
O soldado alega que atirou na clavícula do magistrado na intenção de interceptá-lo, mas que este continuou andando em sua direção até ser baleado no abdômen. O PM solicitou socorro, mas quando a SAMU chegou o juiz já estava morto.
Familiares da vítima não quiseram comentar o crime, mas há rumores de que o magistrado estaria caído quando o policial atirou pela segunda vez. O soldado disse que não o conhecia e não explicou porque parou o veículo ao ser solicitado, nem o motivo pelo qual o magistrado teria pedido que ele parasse. O PM, que estava fardado, se dirigia para a 35ª CIPM.
Pitágoras Ribeiro era conhecido como uma pessoa calma em Valença, de acordo com moradores da cidade. Segundo a nota de falecimento da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), ele era um profissional atuante e, antes de ser transferido para Camamu, trabalhava na Vara do Consumidor, em Salvador, e na Vara Criminal, em Valença. O juiz deixa mulher e uma filha de 5 anos.
A PM não se pronunciou sobre o crime, nem a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Telma Brito, que designou a juíza Inez Maria Brito Santos Miranda, assessora especial da presidência, para acompanhar o caso.
Informações e foto do A TARDE On Line com redação de Paula Pitta
2 comentários:
Ficou nítido que o juiz se trata de pessoa desequilibrada e despreparada para o cargo, já que, por força de uma simples barbeiragem de trânsito, perseguiu o policial, para enfrentá-lo com arma de fogo em punho, com clara intenção de matar. Trata-se de legitima defesa que isenta o policial de qualquer crime que lhe for imputado.
Esse fim estava traçado. O magistrado parecia ser muito barbeiro, haja visto vários boletins de ocorrência registrado por ele anteriormente. Infelizmente desta feita ele trombou com outro armado e caiu.
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