terça-feira, 15 de abril de 2014

Acordo foi descumprido por PMs, diz secretário; tropas federais foram chamadas

O secretário da Segurança Pública Maurício Barbosa deu entrevista coletiva na noite desta terça-feira (15/04), após o início da greve da Polícia Militar, afirmando que assinou um documento em que o governo se comprometeu a cumprir várias medidas que foram discutidas com o coordenador-geral Marco Prisco em reunião antes da assembleia da categoria.
"Um documento foi assinado por mim, pelo comandante-geral e por um dos líderes das associações. Ficou decidido que estas propostas seriam assumidas pelo governo. Durante a deliberação da categoria, recebi uma ligação desta liderança, informando que estava tudo acertado para a aprovação do que havia sido acordado. Ainda assim, foi decretada a greve", afirmou Barbosa.
O secretário afirmou ainda que conta com "bom senso" a continuidade do trabalho do efetivo em atividade. "Não sabemos a proporção do movimento paredista. Só podemos contar com as Forças de Segurança Pública do Estado e da União. Temos a convicção que vamos contar com o bom senso dos policiais de saber que, independente das questões salariais, remuneratórias e etc, temos o dever de proteger a sociedade. Agora é o momento de sentarmos e sabermos de alguma contraproposta. Da nossa parte, tínhamos atendido tudo o que foi colocado, prometendo até voltar a revisar tudo o que o governo já tinha proposto ao grupo de trabalho", afirmou.

Barbosa anunciou que foi solicitado auxílio da Força Nacional, mas não há previsão de chegada das tropas na capital baiana. O tenente-coronel do Exército da 6ª Região Militar, Costa Neto, responsável pelo setor de comunicação, disse existe um trâmite para que as tropas sejam liberadas que depende de aprovação da Presidência da República. O governo baiano informa que estão sendo tomadas as providência para isso.

"O Exército foi acionado hoje à noite. Tem todo um protocolo de procedimento interno das Forças Nacional e Armadas. É uma questão do governo federal e a gente pede que seja feita o mais rápido possível. Temos a convicção e a certeza que esse é o momento para sentarmos e resolvermos isso aqui", afirmou o secretário.

Maurício Barbosa também afirmou que a paralisação de 24 horas dos policiais civis, anunciada para a quarta-feira (16), é uma mobilização nacional.

O comandante-geral da PM, coronel Afredo Castro, que também se disse surpreso com a greve, informou que as equipes escaladas para trabalhar esta noite não sofreram qualquer alteração no cronograma. Castro pediu colaboração aos PMs que não aderiram ao movimento para realizar a segurança da população. "Nós temos um plano de trazer segurança através dos policiais que têm consciência de que não é o momento de parar. As viaturas que saíram agora à noite estão trabalhando normalmente", afirmou.


A prefeitura informou que ACM Neto convocou reunião com dirigentes de órgãos municipais para para elaborar um plano de ação emergencial em função da paralisação. Rodoviários já recolhem os ônibus para as garagens.

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