De vestido estampado coladinho, lentes de contato verdes, aplique com mechas castanhas na cabeleira e um sorriso enfeitado por um dente de prata, a traficante Maria Lúcia dos Santos Gomes, a Nem Gorda, é uma personagem contraditória do Subúrbio Ferroviário.
No Alto do Tanque, em Periperi, ela impõe sua autoridade de duas formas. A primeira, como líder do temido Bonde da Nem, grupo de extermínio autor de pelos menos 30 homicídios cometidos nos últimos 11 meses. Nem Gorda mata também os comparsas que querem deixar o grupo. Ela atua ainda em Plataforma, Rio Sena e Alto do Cruzeiro.
A segunda forma é assumindo o papel de líder comunitária, festeira e bem articulada com artistas e políticos. Nem Gorda foi cabo eleitoral do vocalista Flávio Lima Santos, o Flavinho, dos Barões, e tem foto ao lado do deputado estadual Deraldo Damasceno (PSL), ex-delegado da 5ª Delegacia, em Periperi.
Na cúpula do Bonde da Nem, formado por 20 pessoas, o comando é feminino. A linha de frente é composta por adolescentes. Eles são os soldados , olheiros e aviõezinhos. Com a prisão de Nem Gorda, no domingo, a polícia acredita que o comando da quadrilha será assumido por seu marido, Alex Brito das Neves, o Grilinho, que está foragido.
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