Após ter sofrido uma tentativa de morte, delegado José Magalhães, titular da 19ª Delegacia de Polícia (Itaparica), pediu exoneração do cargo de delegado, nesta quarta-feira (1º), em audiência na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do estado. “Estou saindo e não volto, pois prefiro pagar para trabalhar', afirmou.
O delegado declarou, que não volta mais para a Delegacia de Itaparica e que já apresentou a exoneração do cargo. Ele foi nomeado em fevereiro pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) para resolver a onda de violência no município após o assassinato do velejador Abel Aguilar.
De acordo com o delegado, o pedido de exoneração foi feito há dez dias e nesta quarta (1º) ele pediria licença-prêmio de um ano e dois meses para ser cumprida antes da aposentadoria.
Magalhães alega não ter apoio da SSP mesmo depois de bandidos tentarem matá-lo em Itaparica. Em entrevista ao Jornal A tarde o delegado afirmou que não volta para ilha. “Eu estou saindo, não volto mais para lá. Não quero virar TQQ. Os senhores sabem o que é TQQ?”, perguntou aos deputados, para ele mesmo responder. “São os delegados do interior que só trabalham terça, quarta e quinta”.
“Já fui ao secretário e ele não me recebeu mais”, disse, antes de pedir apoio ao deputado João Carlos Bacelar (PTN), presidente da comissão, para enviar o pedido ao governador.
Na mesma audiência, os deputados aprovaram a convocação do secretário de Segurança Pública, César Nunes, que deve comparecer à comissão no prazo de 30 dias. Nunes é esperado para prestar esclarecimentos sobre a violência na Ilha e em todo o estado.
A assessoria da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) negou que o Magalhães tenha solicitado exoneração ou tranferência do cargo e afirmou que o delegado deve permanecer no comando da 19ª DP.
Sobre a convocação da AL, a assessoria não confirmou se o secretário César Nunes irá comparecer para depor. Ao ser questionada sobre as afirmações do delegado Magalhães sobre o horário de trabalho dos delegados no estado, a assessoria disse que o secretário não havia se manifestado sobre o assunto.
Posta por Jorge Magalhães
Um comentário:
Pode ser muito corajoso, aliás é. Mas em matéria de ser um pai zeloso e presente, é zero! Ele não tem sentimentos no coração. Sua filha sente o desprezo que ele dá a ela,e não entende o porquê.
Se ele soubesse o quanto ela é inteligente, estudiosa e uma moça extraordinária, ele não faria o que faz.
Postar um comentário