quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Taxa de homicídios entre adolescentes cresceu 261% na Bahia


A adolescência baiana está na mira do crime. Isso é o que aponta estudo nacional divulgado ontem pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A Bahia teve o maior crescimento na taxa de homicídios entre adolescentes de 12 a 17 anos entre 2004 e 2009. De acordo com os dados levantados pela instituição, no período, o crescimento foi de 261%.
Em 2004, quando a análise de dados começou, a taxa de adolescentes assassinados era de 8,6 para cada grupo de 100 mil habitantes. Já em 2009, o número passou para 31,1. Com esse índice, a Bahia teve o maior crescimento entre todos os estados do Brasil, entre 2004 e 2009, período da pesquisa, realizada com base em dados do Ministério da Saúde.
A média baiana é maior do que todas as médias das regiões do país. O Espírito Santo é o estado que tem a maior proporção (54,7 para cada 100 mil) de jovens mortos, seguido por Distrito Federal (36,6), Alagoas (34,7) e Pernambuco (34,3).
A Bahia ocupa a quinta posição nacional no ranking das mortes dos adolescentes de 12 a 17 anos, que representam 11,5% da população do estado. O levantamento mostrou ainda que, no país, a taxa de homicídios entre jovens de 15 a 19 anos é de 43,2 para cada 100 mil habitantes, enquanto que a média nacional de todas as idades é de 20 para 100 mil. O levantamento revelou ainda que os adolescentes negros entre 12 e 18 anos têm o risco 3,7 vezes maior de ser assassinados do que brancos.

Também ontem, um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base em dados do Censo mostrou que o Brasil teve queda no número de mortes violentas (principalmente homicídios e acidentes de trânsito), em relação ao total de mortes registradas no país. Entre homens, os mais afetados por essas causas externas, a proporção caiu de 16,3% para 14,5% de 2002 a 2010.
Entre as mulheres, a redução foi de 4,5% para 3,7%. A única exceção a esta tendência foi verificada no Nordeste, entre homens, grupo em que a proporção de óbitos violentos cresceu de 13,5% em 2001 para 16,4% em 2010.

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