sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Marcos Valério é preso por grilagem de terras


O empresário Marcos Valério, acusado de ser o operador do esquema que ficou conhecido como mensalão, foi preso nesta sexta-feira (02/12) em Belo Horizonte (MG), em sua casa, no bairro Bandeirantes, a pedido do Ministério Público Estadual da Bahia. Valério está sendo acusado de participar de esquema de grilagem de terras no Estado da Bahia.

Além dele, mais três pessoas foram detidas na capital mineira: Ramon Hollerbach, Francisco Castilho Santos e Margareth Maria Freitas, eles são ex-sócios das agências de publicidade de Marcos Valério. A previsão é que eles passem por exames no IML (Instituto Médico Legal) de Belo Horizonte e sejam transferidos para a Bahia.

Advogado de defesa de Valério, Marcelo Leonardo explicou que não teve acesso ao processo. “Nós não sabemos (o motivo da prisão). Apenas tivemos acesso ao mandado de prisão, que foi expedido por um juiz da comarca de São Desidério, no interior da Bahia. Nesse mandado não consta o motivo legal da prisão”, informou.

Ainda segundo ele, um advogado do escritório deles está acompanhando o empresário. “Depois que tivermos acesso ao teor do processo, vamos avaliar o que a gente vai fazer”, resumiu.

A prisão de Marcos Valério fez parte de operação intitulada "Terra do Nunca", deflagrada nesta sexta-feira (2) pela Polícia Civil baiana. Ao todo, 23 mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela Justiça da Bahia e estão sendo cumpridos também em outros Estados, além de Minas Gerais, informou o Ministério Público Estadual da Bahia.

Ainda conforme o órgão, Valério é acusado de ter se beneficiado de esquema de falsificação de documentos públicos, criando matriculas falsas de imóveis inexistentes para servirem como garantia de dívidas de empresas de Valério. A suposta fraude foi descoberta em 2005, de acordo com o MPE, que acusa advogados e oficiais de cartórios de registros de imóveis e de tabelionato de notas na falsificação de documentos públicos de participação no esquema.

Segundo o delegado Adailton de Souza, que veio a Minas Gerais para participar das investigações, as prisões em Belo Horizonte foram preventivas. Os acusados serão levados à Bahia e responderão ao processo presos. 

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