terça-feira, 20 de agosto de 2013

Irmãs queimadas em atentado estão lúcidas e não correm risco de morte



As duas irmãs que estão internadas no Hospital Geral do Estado (HGE) após o atentado a bomba em Jacobina, norte da Bahia, não correm mais riscos de morte. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (19/08), pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Segundo a Sesab, as irmãs já foram transferidas para a enfermaria do setor de queimados do hospital. Ambas as jovens estão lúcidas, informou a secretaria. Apesar da melhora, ainda não há previsão de alta médica. A Sesab informou que o estado de uma das jovens ainda inspira cuidados por conta da área queimada ter sido considerada extensa. A Secretaria não tem informações sobre o percentual de queimaduras no corpo das jovens.

Investigações
 
O suspeito de ser o responsável pelo atentado, que deixou seis pessoas feridas, confessou o crime para o delegado José Rogério na terça-feira (13). O rapaz tem 19 anos e é ex-namorado de uma das vítimas.

"Ele foi preso com mandado de prisão. Recebemos as informações através dos depoimentos das testemunhas e foi-se visualizando os traços característicos dele. Após a prisão, ele contou o passo a passo do crime, até o momento da conclusão", relatou o delegado, após o depoimento.

Segundo a polícia, o crime, que ocorreu no dia 9 de agosto, foi passional. "Ele não aceitou que ela [ex-namorada] o largasse. Ele já jogou uma moto contra ela. A ameaçava. Ele disse que a mataria se ela conseguisse outro namorado", acrescentou o delegado José Rogério.

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A polícia conta que o homem utilizou uma garrafa de refrigerante com gasolina como bomba. "No dia do fato, ele passou a procurá-la [a ex-namorada] o dia inteiro. A partir das 8h, começou a ligar e monitorá-la. Quando viu o carro do pai dela parado, foi aí que ele sentou na escadaria da lanchonete e começou a montar o artefato. Foi uma garrafa de guanará cheia de gasolina em que ele amarrou uma bomba junina. Depois ele ficou embaixo de uma árvore, olhou onde ela [a ex-namorada] estava sentada, acendeu e arremeçou. A intenção era atingir. A intenção dele era matar", descreveu.

A polícia descarta o envolvimento de outras pessoas no crime. O delegado quer ainda ouvir duas vítimas e receber o laudo da perícia para concluir o inquérito. "O caso está concluído. Autoria, materialidade, os prontuários médicos, os depoimentos colhidos. Ele vai responder por explosão, na modalidade quallificada, porque era aberta ao público e por homicídio duplamente qualificado na modelidade atentado", afirmou.

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