O secretário da
Segurança Pública Maurício Barbosa deu entrevista coletiva na noite desta
terça-feira (15/04), após o início da greve da Polícia Militar, afirmando que
assinou um documento em que o governo se comprometeu a cumprir várias medidas
que foram discutidas com o coordenador-geral Marco Prisco em reunião antes da
assembleia da categoria.
"Um
documento foi assinado por mim, pelo comandante-geral e por um dos líderes das
associações. Ficou decidido que estas propostas seriam assumidas pelo governo.
Durante a deliberação da categoria, recebi uma ligação desta liderança,
informando que estava tudo acertado para a aprovação do que havia sido
acordado. Ainda assim, foi decretada a greve", afirmou Barbosa.
O secretário afirmou ainda que conta com "bom
senso" a continuidade do trabalho do efetivo em atividade. "Não
sabemos a proporção do movimento paredista. Só podemos contar com as Forças de
Segurança Pública do Estado e da União. Temos a convicção que vamos contar com o
bom senso dos policiais de saber que, independente das questões salariais,
remuneratórias e etc, temos o dever de proteger a sociedade. Agora é o momento
de sentarmos e sabermos de alguma contraproposta. Da nossa parte, tínhamos
atendido tudo o que foi colocado, prometendo até voltar a revisar tudo o que o
governo já tinha proposto ao grupo de trabalho", afirmou.
Barbosa anunciou que
foi solicitado auxílio da Força Nacional, mas não há previsão de chegada das
tropas na capital baiana. O tenente-coronel do Exército da 6ª Região Militar,
Costa Neto, responsável pelo setor de comunicação, disse existe um trâmite para
que as tropas sejam liberadas que depende de aprovação da Presidência da
República. O governo baiano informa que estão sendo tomadas as providência para
isso.
"O Exército foi
acionado hoje à noite. Tem todo um protocolo de procedimento interno das Forças
Nacional e Armadas. É uma questão do governo federal e a gente pede que seja
feita o mais rápido possível. Temos a convicção e a certeza que esse é o
momento para sentarmos e resolvermos isso aqui", afirmou o secretário.
Maurício Barbosa
também afirmou que a paralisação de 24 horas dos policiais civis, anunciada
para a quarta-feira (16), é uma mobilização nacional.
O comandante-geral da
PM, coronel Afredo Castro, que também se disse surpreso com a greve, informou
que as equipes escaladas para trabalhar esta noite não sofreram qualquer
alteração no cronograma. Castro pediu colaboração aos PMs que não aderiram ao
movimento para realizar a segurança da população. "Nós temos um plano de trazer
segurança através dos policiais que têm consciência de que não é o momento de
parar. As viaturas que saíram agora à noite estão trabalhando
normalmente", afirmou.
A prefeitura informou
que ACM Neto convocou reunião com dirigentes de órgãos municipais para para
elaborar um plano de ação emergencial em função da paralisação. Rodoviários já recolhem os ônibus
para as garagens.
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