O policial civil
Napoleão Seki Júnior, 38 anos, está internado depois de matar a namorada, Paola
Natália Cardoso, de 23 anos, na tarde desta quinta-feira (24) e depois atirar
na própria cabeça.
Em estado grave, o
agressor passava, até as 21 horas desta quinta-feira (24), por uma cirurgia no
Hospital Cajuru. Uma testemunha que estava em um carro que passava pelo local
gravou em vídeo toda a cena do crime. Logo após disparar quatro tiros contra
Paola, que morreu na hora, Napoleão atirou contra o próprio maxilar. O projétil
ficou alojado em sua cabeça.
Em seguida, ele foi
socorrido e levado para o hospital. Um primeiro boletim médico indicou que o
policial, mesmo que sobreviva, perderá a visão do olho esquerdo.
O assassinato está sendo
investigado pela Delegacia da Mulher, mas a Justiça já decretou a prisão
preventiva do policial e havia dois policiais militares no hospital para
prendê-lo.
Segundo testemunhas, o
casal discutiu muito antes do crime. Uma dessas testemunhas afirmou que Paola
estava em um Celta e foi tirada do carro pelo namorado. Em seguida, foi
algemada no meio da rua.
Nesse momento, segundo relato
de um pedestre que também presenciou a cena, um rapaz que passava pela rua
tentou intervir, quando Paola já estava algemada. Ela chegou a escapar e correr
pela rua, mas logo Napoleão mandou o jovem ficar quieto, argumentando que
estava armado.
Processo
Napoleão trabalha no
Núcleo Jurídico da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná. Mesmo
lotado na polícia estadual paranaense desde agosto de 2010, ele responde a um
processo criminal em São Paulo, que ainda não foi julgado.
O delegado Rubens
Recalcatti, que deve comandar as investigações, não quis levantar nenhuma
hipótese para o caso, mas acredita que a origem do crime está resumida a uma
briga de casal. “Talvez isso tenha ocorrido por uma briga de casal, e ele
acabou cometendo o crime”, disse Recalcatti.
Relacionamento
Minutos depois do
assassinato, alguns familiares de Paola chegaram ao local e comentaram que os
dois namoravam havia um ano. Segundo os parentes, eles brigavam constantemente
e passaram a morar juntos havia pouco mais de uma semana. As imagens das
câmeras da rua foram solicitadas pela Delegacia da Mulher, que também pediu o
vídeo feito pela testemunha.
A polícia também
investiga a utilização de arma e algemas da corporação policial. Paola, que era
filha única, tinha um filho de um ano e três meses de um relacionamento
anterior e estudava na Universidade Federal do Paraná.