A greve da Polícia Militar baiana, que terminou no sábado (11/02) depois de 12 dias, gerou discussões sobre as ações do governo do estado. O policiamento voltou ao normal em Salvador e na Região Metropolitana. Os colégios particulares iniciaram nesta segunda-feira (13/02) o ano letivo, com uma semana de atraso. Mas o movimento foi pequeno na rede estadual. As escolas municipais só vão começar as atividades no fim do mês.
Tropas federais vão permanecer em Salvador pelo menos até o fim do carnaval. O governo do estado informou que a Força Nacional de Segurança irá trabalhar em conjunto com a Polícia Militar. As ações do governo do estado diante da greve foram motivo de debate entre deputados federais.
“O governo avaliou mal. Porque, para chegar a esse ponto que chegou, é claro que tinha ali uma insatisfação muito grande na corporação. Se não, não chegaria onde chegou”, comentou o deputado federal Antônio Imbassahy, do PSDB.
“Havia os prazos para que eles pudessem negociar com a categoria. Nesse sentido, o prazo é longo porque é uma greve. Mas o processo de negociação democrático, como foi, exige realmente tempo”, disse o deputado federal Josias Gomes, do PT.
"O governo do estado permitiu uma intervenção aqui na Bahia, mostrando uma fraqueza. E o pior é que deixou a greve se estender por cerca de 12 dias, causando seriíssimos prejuízos à população do nosso estado”, afirmou Lúcio Vieira, deputado federal pelo PMDB.
“O estado não utilizou de sua inteligência para prever o que estaria por acontecer - o início do movimento da greve. Segundo, acho que o governador, no começo, não imaginou que a greve fosse ter a extensão que teve e, por isso mesmo, subestimou o tamanho do movimento. E, finalmente, demorou para negociar”, declarou o deputado federal ACM Neto, do DEM.
O governador Jaques Wagner, do PT, afirmou que não recebeu as reivindicações com antecedência. “Por mais que se diga que isso é uma demanda antiga, eu quero saber em que momento foi instalada uma mesa de negociação? Eu posso lhe entregar o protocolo deles com a pauta de reivindicações, que foi protocolado aqui na governadoria no dia 30, um dia antes da assembleia”, disse.
Sobre as críticas ao pedido de apoio das tropas federais, o governador Jaques Wagner disse que o reforço foi fundamental e que sem ele não conseguiria impor uma derrota ao que ele chamou de método de intimidação da população.
Informações do Jornal Nacional
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