sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Quadrilha de fraudes em vestibulares atuou também em Salvador, diz PF



Uma das 38 faculdades do país cujos vestibulares foram alvos de fraudes ou tentativas de fraudes fica na capital baiana, segundo lista divulgada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (14). A Universidade Salvador aparece na relação como alvo da quadrilha, que já teve 51 pessoas presas em várias cidades do país. A instituição é particular e iniciou o curso no segundo semestre de 2012, após autorização do Ministério da Educação.

Procurada, a Unifacs, como é conhecida, disse que não participa da organização e execução do vestibular de Medicina, que pe realizado "integralmente" pela empresa contratada. O G1 tentou e não consegue contato com a organização do processo seletivo.

Investigação e prisões

Segundo a PF, 51 pessoas foram presas em vários estados do Brasil e no Distrito Federal, até as 18h desta quinta-feira (13), suspeitas de participar de quadrilhas que fraudavam vestibulares. Do total de prisões até agora, 18 foram em Goiás; 9 em Minas Gerais; 5 no Rio de Janeiro; 5 em São Paulo; 4 no Distrito Federal; 4 no Rio Grande do Sul; 3 no Tocantis; 2 no Espírito Santo e 1 no Acre. Não houve prisão na Bahia.

A Operação Calouro foi deflagrada na quarta-feira (12), quando sete líderes de sete quadrilhas que fraudavam vestibulares de medicina pelo país foram presos. Segundo a PF, o valor das vagas girava em torno de R$ 45 mil a R$ 80 mil. A Justiça expediu 70 mandados de prisão, ou seja, 19 pessoas ainda estão foragidas. A PF informou que ainda divulga balanços parciais, por não ter chegado ao fim da operação e porque o delegado ainda vai decidir os tipos de prisão, a partir do caso de cada detido.

Esquema

O esquema funcionava de duas maneiras. Na mais simples, uma pessoa envolvida na quadrilha falsificava documentos e fazia a prova no lugar do verdadeiro candidato. Essa pessoa que realizava a prova quase sempre era um aluno de medicina com boas notas na faculdade.
Na outra modalidade, um membro da quadrilha fazia a prova rapidamente e saía da sala. De posse do gabarito, conferia o resultado e passava as informações por meio de uma escuta eletrônica ou por celular para o candidato.

Indiciados

A polícia vai indiciar os estudantes que recorreram às quadrilhas. O foco nos alunos, no entanto, fica para a segunda fase da operação, após encerrada a investigação sobre os membros da quadrilha.

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