Uma das 38 faculdades do país cujos vestibulares foram alvos de
fraudes ou tentativas de fraudes fica na capital baiana, segundo lista
divulgada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (14). A Universidade Salvador
aparece na relação como alvo da quadrilha, que já teve 51 pessoas presas em
várias cidades do país. A instituição é particular e iniciou o curso no segundo semestre de 2012, após autorização do Ministério da Educação.
Procurada, a
Unifacs, como é conhecida, disse que não participa da organização e execução do
vestibular de Medicina, que pe realizado "integralmente" pela empresa
contratada. O G1 tentou e não consegue contato com a organização do
processo seletivo.
Investigação e
prisões
Segundo a PF, 51 pessoas foram presas em vários estados do Brasil e
no Distrito Federal, até as 18h desta quinta-feira (13), suspeitas de
participar de quadrilhas que fraudavam vestibulares. Do total de prisões até
agora, 18 foram em Goiás; 9 em Minas Gerais; 5 no Rio de Janeiro; 5 em São
Paulo; 4 no Distrito Federal; 4 no Rio Grande do Sul; 3 no Tocantis; 2 no
Espírito Santo e 1 no Acre. Não houve prisão na Bahia.
A Operação Calouro
foi deflagrada na quarta-feira (12), quando sete líderes de sete quadrilhas que
fraudavam vestibulares de medicina pelo país foram presos. Segundo a PF, o valor das vagas girava em torno de R$ 45 mil a R$ 80
mil. A Justiça expediu 70 mandados de prisão, ou seja, 19 pessoas
ainda estão foragidas. A PF informou que ainda divulga balanços parciais, por
não ter chegado ao fim da operação e porque o delegado ainda vai decidir os
tipos de prisão, a partir do caso de cada detido.
Esquema
O esquema
funcionava de duas maneiras. Na mais simples, uma pessoa envolvida na quadrilha
falsificava documentos e fazia a prova no lugar do verdadeiro candidato. Essa
pessoa que realizava a prova quase sempre era um aluno de medicina com boas
notas na faculdade.
Na outra
modalidade, um membro da quadrilha fazia a prova rapidamente e saía da sala. De
posse do gabarito, conferia o resultado e passava as informações por meio de
uma escuta eletrônica ou por celular para o candidato.
Indiciados
A
polícia vai indiciar os estudantes que recorreram às quadrilhas. O foco nos alunos, no entanto, fica para a segunda
fase da operação, após encerrada a investigação sobre os membros da quadrilha.
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