Dois municípios baianos são alvo de uma
operação da Polícia Federal voltada para o combate do comércio irregular de
pedras preciosas e semipreciosas na manhã desta quarta-feira (05/12). De acordo
com informações da assessoria de comunicação da PF, a Operação Beryllos cumpre
24 mandados de prisão temporário e 32 mandados de busca e apreensão no Rio de
Janeiro e nos municípios de Campo Formoso e Senhor do Bonfim, no Centro-Norte
baiano.
Cerca de 180 agentes públicos estão
envolvidos na operação, entre eles policiais federais e auditores da Receita
Federal. Até às 7h30 desta quarta (5), 19 mandados tinham sido cumpridos -
12 pessoas foram presas em Campo Formoso, e mais sete na capital carioca. Junto
com os acusados, também foram apreendidos carros de luxo, pedras precisos como
ametistas, esmeraldas e citrinos, além de documentos que comprovam a prática da
quadrilha.
De acordo com a polícia, o grupo é suspeito
de extrair e exportar as pedras, além de enviá-las irregularmente para países
do continente asiático. A venda e exportação irregular dos minerais era
intermediada por empresas localizadas no Rio de Janeiro, que negociavam
diretamente com comerciantes da cidade de Campo Formoso e região, assim como os
compradores, oriundos da Índia.
Os valores reais da transação eram
subfaturados pela quadrilha, que supostamente utilizava documentos fiscais
emitidos irregularmente pela Inspetoria da Secretaria da Fazenda do Estado da
Bahia, em Senhor do Bonfim. Além disto, a organização também utilizava notas
fiscais de pessoas que não estavam envolvidas na negociação e utilizavam casas
de câmbios brasileiras e no exterior como auxílio na comercialização ilegal das
pedras preciosas. Os garimpos investigados durante a Operação Beryllos também
não possuem autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
O valor dos tributos sonegados pela quadrilha
podem chegar a milhões de reais. O grupo vai responder pela prática de crimes
ambientais, usurpação de patrimônio público da União, crimes tributários,
descaminho, falsidade ideológica, receptação, lavagem de dinheiro e formação de
quadrilha.
Uma coletiva vai ser realizada na sede da
Delegacia da Polícia Federal de Juazeiro, onde serão divulgados os resultados
parciais da operação.
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