Maurício Barbosa contesta números da violência na Bahia divulgados pelo FBSP
Homicídio
é homicídio em qualquer lugar do mundo mas, nos trâmites burocráticos dos casos
a investigar, o fato recebe nomeclaturas distintas, o que preocupa a Secretaria
de Segurança Pública (SSP), ao menos em Salvador.
Depois
da publicação dos números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgada
na terça-feira (6), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), a SSP
rebateu informando como os corpos são contados. “É importante frisar que os
estados da federação possuem metodologias diferentes para registros de
homicídios”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa.
De acordo com o secretário, em alguns estados são levados em conta o número de
ocorrências. Um caso de chacina, por exemplo, é registrado somente como única
ocorrência, independentemente do número de mortos. Em outros, um corpo encontrado
com perfuração por arma de fogo é classificado como “encontro de cadáver” ou
mesmo tipificado como “causas a investigar”. “Aqui na Bahia, nesses casos,
classificamos logo como homicídio, inclusive no boletim diário no nosso site.
Estudos como esse fazem comparações de bases de dados diferenciados”, finalizou
Maurício Barbosa.
A 6ª edição do Anuário revelou que a Bahia foi o terceiro estado da federação
em aumento nos investimentos feitos no setor, com orçamento 30,8% maior no ano
passado em relação a 2010. Atrás apenas de São Paulo (com aumento de 67,3% nos
investimentos) e Mato Grosso do Sul (37,7%).
O relatório revela que em números proporcionais ao tamanho da população,
parâmetro utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para levantamentos
de homicídios, a Bahia fica na sétima posição, com taxa de 31,1 homicídios por
100 mil habitantes. Alagoas lidera o ranking com 2.342 assassinatos no ano
passado - taxa de 74,5 homicídios por 100 mil habitantes. Outro destaque é que
o estudo coloca a Bahia em 3º lugar com relação à qualidade dos dados
apresentados. Ainda segundo o estudo, o estado alcançou uma redução de 3,42% de
2010 para 2011, em números absolutos de homicídios.
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