quinta-feira, 21 de agosto de 2014

PM suspeito de envolvimento na morte de Gil Porto é preso

Local do crime
 O cabo da Policia Militar, Ailton Nascimento da Silva foi preso no final na manhã desta quinta-feira (21/08), na Central de Delegacias, no Bairro Jardim Cruzeiro,  em Feira de Santana, suspeito de envolvimento no crime do empresário Gil Marques Porto Neto.

Segundo o delegado João Uzzum, ele compareceu à delegacia, acompanhado de um advogado, pois o mesmo já sabia do mandado de prisão que havia sido expedido contra ele. O PM, nega o crime e apresentou um álibi, mas de acordo com o delegado as provas não coincidem com a declaração do suspeito.
 
"Ele se apresentou com o advogado e foi interrogado. Agora vai ser transferido para o batalhão de choque em Salvador. Ele nega o crime, mas a gente interrogou ele, confrontamos as provas existentes, na participação do crime. O álibi que ele apresentou não coincide com as provas que nós temos", explica.
Uzzum ainda conta que através da quebra de sigilo telefônico foi possível notar que o suspeito acompanhou todo o roteiro da vítima no dia do crime. "Ele acompanhou a vítima do serviço, até o horário em que o empresário foi buscar o filho em um curso", relata.
 
O delegado relata ainda que o cabo da polícia ficou preso por dois anos, há 22 anos, por homicídio. Contudo, ele foi solto, nunca foi julgado e o crime prescreveu. Ailton Nascimento da Silva ficará preso no Batalhão, em Lauro de Freitas, região metropolitana da capital baiana.
 
No dia 30 de julho deste ano, outro suspeito de participação no crime também foi preso. O ex-agente penitenciário, Gregório dos Santos Teles prestou depoimento no Complexo Policial de Feira e depois foi preso e encaminhado ao Presido da Mata Escura. 
 
De acordo com a polícia, o crime foi causado por uma disputa de um terreno na Avenida Noide Cerqueira. O terreno tinha sido vendido pela imobiliária de Gil Porto Neto, pelo valor de R$ 720 mil reais, no ano de 2011. 
 
Gregório Teles teria invadido a área, falsificado uma escritura e colocado placa de venda no imóvel. A irregularidade foi descoberta pelo empresário no fim do ano passado. Gil o procurou para tirar satisfações e eles discutiram.
 
A escritura falsificada foi encontrada pela polícia na casa do suspeito. A mulher dele, uma policial militar, Fabiana Kary dos Santos Silva, foi ouvida e liberada. A Polícia Civil suspeita que a arma usada no crime era dela.
A polícia ainda investiga uma suposta participação de Gregório em outros quatro homicídios ocorridos em Feira de Santana durante o período da greve da Polícia Militar na Bahia, em fevereiro deste ano.

Crime
 
Gil Porto Neto foi morto dentro do carro que dirigia no dia 21 de maio de 2014. O crime aconteceu no Largo São Francisco, no bairro Kalilândia. O empresário foi baleado com vários tiros disparados por dois homens que estavam em uma motocicleta. A dupla fugiu após cometer o crime. A vítima chegou a ser socorrida para o um hospital da cidade, mas não resistiu.

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